Koi wa Ameagari no You ni | EP 2 – Saindo da zona de perigo? O anime começa a ganhar uma desenvoltura interessante ao investir no ponto de vista de Tachibana.

Koi wa Ameagari no You ni | Episódio 2 

Fazendo frente como um dos principais dramas desta temporada, Koi wa nos traz uma proposta de uma adolescente apaixonada pelo seu gerente. Por ser um tema que causa controvérsia, a adaptação terá dois destinos aparentes: um anime de sucesso ou mais um daqueles que nós queremos esquecer depois de assistir.

A decepção é uma das possibilidades desse tipo de premissa, entretanto, depois de dois episódios, sinto que a linha para o sucesso está encaminhada, por hora. O anime apresenta sentimentos macios e delicados; como uma gota de chuva recente por cima de uma folha. Agora, podemos fazer uma referência ao seu nome, que, traduzido fica algo como: o amor é como o final de uma chuva.

Falando do episódio em si, Akira Tachibana é a nossa adolescente de dezessete anos que desenvolveu sentimentos pelo seu chefe de quarenta e cinco. Eu não deixaria isso estampado como um romance, pelo menos neste momento. Essa palavra gera uma expectativa para um final o qual nos é desconhecido ainda. Mas o que faria uma garota tão nova se apaixonar por alguém dessa faixa etária?

É normal alguns adolescentes se atraírem por adultos enquanto não acham ninguém que os interesse na sua faixa etária. Isso acaba sendo uma experiência formativa de caráter, pois a decepção nos leva a enxergar as coisas melhor. É por isso que a retratação do anime está agradável; o “relacionamento”, não estabelecido ainda, é um meio de explorar as complexas vidas emocionais de ambos os protagonistas. Particularmente falando, eu gostaria que o anime permanecesse assim, independentemente se o sentimento for recíproco ou não.

Onde está pontuando? 

O anime pontua, para mim, a partir do momento que segue o ponto de vista delicado de Tachibana. Normalmente, histórias com o ponto de vista contrário, no caso da pessoa de maior idade, geram algumas fantasias absurdas e coisas desse gênero. Por esse motivo, o forte investimento no lado de Akira é um ótimo atrativo na obra. O roteiro, nesses dois primeiros episódios, trabalha de uma forma inteligente esse lado da atração romântica, sem forçar a barra. Aparentemente, a protagonista gosta de Kondo (o gerente) por querer uma presença de conforto e cuidado em um momento difícil de sua vida.

Outro detalhe interessante, é que Kondo provavelmente já sacou o interesse de Akira depois do incidente da camisa. Porém, ele segue em negação, o que o torna uma pessoa notável. Qualquer um já fantasiaria coisas, certo? Quando ele se imagina ao lado de Tachibana, uma imagem de sua adolescência vem a sua mente. Ou seja, tudo é um grande sentimento de nostalgia sobre sua juventude. De forma alguma ele vê Akira com maldade, o que deixa seu carisma alto. Tanto que no episódio, ele faz mais uma figura paterna ao se preocupar com a lesão da protagonista.

Do outro lado, Akira parece ter sofrido com alguma coisa recentemente. A monotonia que é passada em suas cenas dentro de casa deixa isso meio claro. Ao ver Kondo como uma rota de escape desses problemas, ela acabou se fixando nele. Talvez por ser a primeira pessoa que a fez se sentir bem depois de certo tempo. O episódio deixou meio claro que, ou aconteceu algo aos pais de Akira, ou ela não tem uma boa relação com eles. Mais um motivo para ela procurar alguém para fazer esse papel.

Em linhas gerais 

O episódio me surpreendeu positivamente. Koi wa se apresentou como um drama promissor ao trazer ideias interessantes sobre paradigmas tão malvistos no cotidiano. A história tem tudo para seguir em um crescente ao permanecer dessa maneira. Vou ficando por aqui e até semana que vem. Mas e você, caro leitor? O que achou do episódio? Deixe sua nota nas estrelinhas e comente.

Nota: A – Ótimo