Black Clover | EP 15 – A Dungeon contra-ataca Primeira regra sobre exploração de uma Dungeon: se está fácil demais, é por que há problema a frente.

Vitor Nascimento
(Podcaster)
@ifusic
©Pierrot/Yuuki Tabata

Black Clover | Episódio 15 – O Mago de Diamond

Qual a graça de ver alguém explorando uma Dungeon? Com certeza, assistir aos mistérios sendo resolvidos e as armadilhas deixando os personagens em situações inusitadas. Podemos dizer que essa é a composição deste novo arco em Black Clover. Já era de se esperar que o maior rival de Asta, nosso amigo Yuno, apareceria de alguma forma. A participação do mago do trevo de quatro folhas e seus companheiros tem um peso importante.

Não é novidade para ninguém: Asta é muito entusiasmado. Porém, ter o Yuno ali o faz ficar ainda mais determinado a conseguir o seu objetivo. A implicância de Klaus acaba sendo um acréscimo a isso também, além de um bom alívio cômico. Em linhas gerais, a rivalidade instantânea entre Asta e Yuno é algo que faz ambos crescerem na história. Nenhum quer ficar para trás. Essa competitividade é ainda mais interessante, pois Yuno, que, na teoria é mais forte que o Asta, o reconhece como um igual.

Isso foge daquele tradicional clichê em shounens. O protagonista “fracassado” contra um rival “overpower” que o despreza por ser fraco.

©Pierrot/Yuuki Tabata

A atitude de Luck pode ter soado irresponsável, afinal, deixar dois novatos jogados a própria sorte não é uma algo digno de um veterano. Entretanto, é notável o quanto o capitão Yami foi esperto ao mandar alguém como ele; com uma detecção de mana altíssima e medo zero. Era óbvio a presença de inimigos, uma vez que, essa masmorra está na fronteira de dois reinos rivais.

A presença de alguém destemido como o Luck era essencial. O rapaz chama a responsabilidade para si, mesmo com outros propósitos. O que deixa os recrutas com um trabalho mais “fácil”. Além de segurar o inimigo em batalha, Luck nos deu um vislumbre de seu poder ao eliminar alguns magos sem problema aparente. Quem acreditava nele no início, certo?

Casal protagonista das cenas engraçadas

©Pierrot/Yuuki Tabata | Asta e Noelle no filme Gravidade.

Outro ponto forte no anime é a comédia desse “casal”. O mais interessante é a forma que eles conseguem dar importância para a maioria dos personagens. No episódio de hoje, por exemplo, foi graças ao Nero (aquele passarinho) que os dois foram parar nessa situação. Que desagradável, hein? Eles precisavam chegar ao objetivo de alguma forma. Nosso amigo Nero os deu o caminho, porém, ninguém disse que seria o mais fácil.

Além de uma sala com gravidade zero, Asta conseguiu cair em uma armadilha meio óbvia. É claro que um baú de tesouro com pernas não seria coisa boa. Engraçado foi o “presentinho” que os dois receberam ao abrir o baú ambulante. Agora sim, foi muito desagradável! De certa forma, o atalho indicado por Nero – obviamente mais complicado – forneceu a dose de comédia que precisávamos no desenvolvimento do episódio. Além dos “shipping moments”. Sempre legal ver esses dois atuando juntos e sozinhos.

©Pierrot/Yuuki Tabata

Você deve achar que o Luck é só um sádico. Ele é! Porém, sua vontade de ferro foi algo incrível de se prestigiar na reta final do episódio. Frente a uma luta perdida praticamente, o rapaz se ergue para continuar lutando. Nas palavras dele: continuar se divertindo. Provavelmente, no próximo episódio, a pequena história do passado dele será contada. Por ter lido o mangá, sei bem como é. Um enredo simples e sucinto, porém, que passa a mensagem muito claramente. O Luck é assim por causa disso e ponto.

Nunca ache que o jogo está ganho

©Pierrot/Yuuki Tabata

Plot de anime é que nem matemática. Se está fácil demais, é por que tem algo errado. Mimosa sentiu isso na pele, no sentido literal da palavra. Um misterioso e poderoso mago do reino de Diamond surge como um empecilho para a equipe do Alvorecer Dourado. Quando digo poderoso, acredite, ele é muito. Esse cara será uma pedra no sapato.

Para um episódio de desenvolvimento de arco, tudo foi apresentado bem. Conseguiram separar o tempo de tela para cada um; ponto por isso. O que continua me irritando, é o estúdio Pierrot gastar quase cinco minutos com recapitulação e aquela introdução que a humanidade estava no caos e “blá blá blá”. Todo mundo está cansado de saber disso. O final conseguiu entregar mistério e expectativa para semana que vem. Se for adaptado como é no mangá, veremos boas lutas.

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Nota: B – Bom

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