Texhnolyze – Ficha Técnica
Gênero: Ação, Sci-fi, Psicológico, Drama
Estúdio: Madhouse
Baseado em: – (Material feito originalmente para a TV)
Número de Episódios: 22
Estreia: 2003
Esse anime é uma das obras do trio: Chaki Konaka, Yasuyuki Ueda e Yoshitoshi Abe, responsáveis por Serial Experiments Lain em 1998. E assim como Lain, falar sobre a história de Texhnolyze é… complicado.
O anime segue Ichise, um garoto que logo no começo quase morre, porém, tem sua vida salva e sua perna e braço substituídos por membros protéticos. Nessa jornada, ele acaba conhecendo uma garota misteriosa, Ran, que tem o poder de ver possíveis futuros. Assim, ele se da conta que sua cidade está a um fio da guerra e destruição. Eles são os únicos capazes de, talvez, salvar a cidade.
A atmosfera dessa série é trabalhada com muito cuidado para transmitir um pesar, uma claustrofobia e utilizando de palavras chiques, um niilismo. Texhnolyze é “dark”, mas não igual Evangelion ou Akira, mas sim para Ima, Soko no Iru Boku. A cor mais prevalecente durante todo o anime é o preto e o marrom, e mesmo quando há uma variação estética, as cores continuam sem transmitir nenhuma vida.
Um pouco mais sobre o anime
Por ser um anime dos 2000, ele não possui nem um traço da estética “moe”, que, hoje em dia, prevalece. Então, há poucos personagens belos e até mesmo os fofos têm algo que te passam algum desconforto. Mas apesar dele não ser um doce aos olhos, ainda dispõe de um “background art” bem detalhado, experimental e interessante.
Acho importante que mesmo sendo “dark”, o anime é bem diferente de outras coisas que as pessoas consideram “dark”, sim, ele é escuro. Sim, existe “gore”; sim ele não é bonito de forma tradicional, mas é a o mais distante possível de obras como Another, Deadman Wonderland ou Shinsekai Yori. Animes, que, apesar de trabalharem temas pesados, não conseguem traduzir isso esteticamente e utilizam de técnicas baratas como “gore” gratuito.
Tehxnolyze é o inverso, chega a ser difícil de assistir para aqueles que não possuem muita força de vontade. Os diálogos são raros, os episódios são cheios de cena em uma “vibe arthouse”. Custa muito para você se investir na história e ter uma ideia geral do que está acontecendo naquele mundo; se é que em algum momento no anime você vai entender direito.
Isso tudo pode parecer críticas, na verdade, é o contrário. Eu amo o quanto o anime não se faz acessível. Eu amo o quanto os personagens não ficam parados em um lugar te explicando as coisas (olhando para você SAO). Sou extremamente fã do estilo do Yoshitoshi Abe que consegue ser cartunesco, mas ao mesmo tempo cruel e realista. Gosto de um mundo que tenho de desvendar pouco a pouco e nunca entender completamente toda a sua complexidade.
Para mim, Gilton Sales, esse anime é perfeito para fazer AMV’s com “Black Metal” tocando de fundo e para todos que são fãs de coisas mais experimentais, niilistas e cruéis.
Nota: 9 – Ótimo
vou ver
Assisti esse anime quando tinha só uns 14/15 anos de idade, época do início do meu ensino médio, e hoje com 18 me pergunto como tive o interesse de assistir até o final, lembro de sentir exatamente como você disse no post, incomodado, desconfortável com os acontecimentos e o universo do anime em si, acho que isso estranhamente me atraiu nele e me fez assistir ele inteiro. Muito bom o anime e recomendo demais para quem tiver vontade de assistir uma obra bem diferente do normal. Aliás, fui atrás da obra citada “Lain” e me interessei bastante pelo que vi nos resultados, já ta na minha filha de animes para assistir
Acho que parte desse desconforto e porque o anime aborda as dores do protagonista de um modo, muito realista
Um anime genial na cultura.
Boa Review, Gilton!
Eu planejo assistir esse anime desde 2015, mas nunca deu certo, kkkkk. Tenho fé que algum dia crio coragem para assistir, pois sou bastante convicto em relação à sua qualidade.