O líder supremo do país Irã, República Islâmica no Golfo Pérsico (Árabe), Ali Khamenei afirmou que as personagens femininas dos desenhos animados exibidos na televisão iraniana podem ser censuradas.
Segundo o líder, embora as mulheres nos filmes e animes não precisem cobrir o cabelo, o seu não uso pode causar consequências em seu país.
Ativistas políticos no Irã condenaram o movimento como “tóxico”, argumentando que aqueles que estão no poder são “obcecados com o cabelo de qualquer mulher”.
A agência de notícias pró-regime Tasnim perguntou a Khamenei se ele achava “necessário ver o hijab nas personagens em produções de animação”. Ele respondeu:
Embora usar o hijab não seja obrigatório em tal situação hipotética per se, observar o hijab em animação é necessário devido às consequências de não usar o hijab.
Embora Khamenei tenha evitado especificar as consequências que ele afirma, os ativistas políticos sugerem que ele teme que “as meninas cresçam e não usem hijabs porque já viram isso na série animada”.
Uma censura semelhante aconteceu no começo de fevereiro com a revelação de que o mangá original Shingeki no Kyojin na Malásia foi censurado.
A censura já acontece desde 2018, mas só foi ao público em 2021, quando um fã postou no Reedit a foto de uma cena do mangá com o seguinte comentário: “Quero que todos saibam que os titãs usam calças justas na versão malaia devido à lei de censura local”.
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As mulheres no Irã enfrentam perseguição por não usarem o hijab. De acordo com a lei islâmica em vigor desde a revolução de 1979, as mulheres devem usar um hijab que cubra a cabeça e o pescoço e esconda o cabelo. Em outubro passado, uma jovem foi presa no centro do país por “insultar o hijab islâmico” depois de um vídeo onde apareceu andando de bicicleta sem usar o hijab.
Disso as feministas não reclamam, pq será? :v