2º lugar – 86
Hoje se fosse escolher o anime que não seria uma sequência direta de temporadas anteriores para esta lista, é certo que no topo dela estaria 86. Uma obra que me surpreendeu demais em vários aspectos. Animação excelente, personagens com ótimas personalidades, trilha sonora espetacular, mas o destaque está voltado principalmente pela sua narrativa.
Antes de adentrar em maiores detalhes, quero dizer que antes mesmo de sua estreia, minha expectativa era muito alta para essa animação. Isto se deve, principalmente ao estúdio responsável pelo projeto, A-1 Pictures, hoje eu diria que está entre meu top 3 estúdios favoritos e não seria por menos, afinal este mesmo foi quem produziu todas as temporadas de Sword Art Online (e já recebeu declaração da autora da light novel de que irá adaptar os futuros projetos, venha logo o filme desse ano e Unital Ring), Kaguya-Sama Love is War, Your Lie in April, Ano Hi Mita Hana no Namae wo Bokutachi wa Mada Shiranai (Anohana: The Flower We Saw That Day), as 2 primeiras temporadas de Nanatsu no Taizai (a terceira e quarta migraram para o Studio Deen e para você leitor recomendo ficar com o mangá e não assistir as restantes), Magi: The Labyrinth of Magic e muitos outros.
Vamos então à narrativa, o grande destaque desse anime. A República de San Magnolia informa sempre a sua sociedade que a guerra continua contra o Império Giadiano não contem baixas por parte de humanos. No entanto, tudo não passa de propaganda mentirosa. Enquanto os cidadãos albas (representados pelos cabelos prateados) dos 85 setores vivem seguros em suas muralhas, outros com diferentes aspectos são realocados para a facção secreta do governo, os oitenta e seis (86).
Estes são obrigados a servir para o exército militar da república e lutar contra a Legião de autônomos do Império sob o comando dos “Handlers” republicanos. Nisso conhecemos Vladilena Milizé, uma comandante alba designada para ser a nova Handler do esquadrão Spearhead, este tendo o temido Shinei Nouzen, único sobrevivente de todos os esquadrões que já serviu na guerra e que carrega consigo o nome de seus companheiros mortos.
Entendendo mais sobre a verdadeira face dos 86 e da discriminação humana imposta sobre eles, Vladilena faz de tudo para cumprir seu dever e também impedir que essa injustiça persista e recaia sobre os 86.
Como já dito no início do primeiro parágrafo, o grande diferencial deste anime recai sobre a sua narrativa. É muito comum em vários animes terem 2 ou mais personagens centrais e suas histórias começarem separadas e chegaram a uma união em algum ponto. Contudo, a forma como foi colocada para contar os acontecimentos do anime superaram minha expectativa.
Em média, um episódio tem duração de 22 minutos, sem considerar a abertura e encerramento. Dentro dos 11 episódios de sua temporada, vemos uma alternação entre os pontos de vista dos dois personagens centrais na trama. Em um episódio iniciamos o conto vendo a narrativa de Vladilena dentro das muralhas, vendo sua vida, seu comando, suas interações e seu pensamento direto sobre o assunto.
Em determinando ponto, seu pequeno segmento é encerrado e então somos colocados do ponto de vista do comandante Shinei e seus colegas 86. Daí a história retrata elementos que antecedem aos acontecimentos já vistos por meio da comandante Milizé e em dado momento se fundem com os presentes de Nouzen e seus companheiros. Isso se repete em grande parte dos episódios e traz uma maior proximidade da perspectiva de vida em que cada um dos protagonistas está vivenciando, quais problemas estão tendo de batalhar e encarar diariamente e, ao mesmo tempo, cria uma relação de proximidade entre ambos, apesar de nunca terem visto seus rostos, tendo somente contato por comunicação de voz.
A forma escolhida para contar este anime é um verdadeiro elemento supressa, ainda mais por adicionar em cada um destes pontos de vista assuntos relacionados diretamente com a sociedade atual. Temos como exemplo o lado dos Alba, a sociedade de classe alta onde 90% só pensa em si mesmo e trata com preconceito e inferioridade os que são diferentes. Do outro lado, temos os 86 arriscando suas vidas com base em um ideal que após cumprirem tantos anos de serviço estarão livres para viver suas vidas da maneira que lhe melhor encaixarem, tendo que já batalhar por elas na guerra.
Mesmo existindo algumas poucas falhas de roteiro, o anime ainda me cativa em cada momento e episódio. São questões pequena e que para muitos podem passar despercebido, mas nada que eu diria cause muito estrago na obra em geral.
Já foi confirmado para a temporada de outono de 2021 uma 2 temporada e agora só me resta aguardar com muita ansiedade para os novos capítulos dessa história de arrepiar o coração.
Eu não assisti o da 3 posição Vivy escolheria Higehiro, Koi to Bo e Nagatoro no meu Top dessa temporada junto com Tokyo Revengers e Fumetsi no Anata
Higehiro começou mt bem, mas da metade para o final achei a trama arrastado. Apesar disso, gostei do anime e sua conclusão. Koi to Bo é bobinho, mas divertido, mas nada grandioso. Não me interessei por Nagatoro após um episodio. Recomendo mt assistir Vivy!!
Definitivamente o primeiro lugar foi merecidíssimo, cada um dos episódios foi feito com primazia, só uma palavra descreve, excelente, a melhor temporada de todos os animes que assisti até hoje
Não tenho questionamentos João, um exemplo de como construir uma historia e ter um encerramento digno. Fruits Basket estará sempre como um dos melhores que já assisti de vários