Ring ni Kakero: Seiya largou o zodíaco para se tornar um boxeador A história acompanha um jovem lutador que almeja alcançar o topo do boxe mundial

Welerson Silva
(Redator do Blog)
@welcr_silva
Ring ni Kakero
© Ring ni Kakero

Ring ni Kakero é primeiro grande sucesso criado por Masami Kurumada, também autor de “Os Cavaleiros do Zodíaco”, anime que aqui no Brasil teve um impacto significativo. Aliás, foi justamente por meio de CDZ que a animação japonesa ganhou força e tornou-se conhecida nacionalmente.

Ademais, há várias brincadeiras pela Internet acerca do protagonista de Ring ni Kakero, por ele ser praticamente uma reciclagem do personagem Seiya. Contudo, não faz muito sentido essa comparação. Deveria ser o oposto, já que quem veio primeiro foi Ring ni Kakero e não CDZ.

No entanto, é impossível não notar as semelhanças entre os personagens. E não somente entre eles, mas também nos elementos narrativos de ambas as obras. Claro que não é uma cópia sem vergonha, mas, se tratando do mesmo autor, é claro que seria notório alguns paralelos análogos.

Conhecendo a premissa de Ring ni Kakero

A introdução nos leva a conhecer Takane e Kenzaki, dois grandes rivais. Toda boa obra de shounen precisa desse elemento primordial para evoluir seu enredo. Logo no primeiro episódio, o anime apresenta uma sequência de eventos bem interessantes, com muita ação e efeitos visuais bacanas. De certa forma, é um boxe com “poderes especiais”.

Além de mostrar a luta, os movimentos e tudo o que compõe essa parte, também serve para apresentar, a priori, os personagens centrais do anime e suas motivações futuras. Isso funciona para criarmos um tipo de empatia por eles e ter um motivo para continuar seguindo na história.

Um ponto bem interessante acerca do protagonista, o Takane, é o fato de ele ser o que é não exatamente por ele, mas sim pela mente brilhante por trás dele, sua irmã. Logo, o crescimento de Takane, aliado com a imensa sabedoria e experiência da irmã nos bastidores, cria uma relação quase que perfeita entre eles. Imagine algo como o treinador Kamogawa e o Ippo.

Ring ni Kakero
© Ring ni Kakero

O Champion Carnival e apresentação de personagens importantes

O Champion Carnival é o evento principal da primeira temporada do anime. Até então, tínhamos apenas alguns poucos personagens com um grande enfoque. No momento em que o campeonato começa, outros personagens em potencial começam a ganhar tempo de tela e mostrar-se importantes para o futuro da narrativa.

Porém, nem tudo são flores e, juntamente com esses novos personagens, espécies de poderes especiais surgem e, em muitas das vezes, chegam a extrapolar os limites. Não defino com precisão a questão dos “poderes especiais”, porque as vezes remetem àquele estilo de Blue Lock, que não é necessariamente um poder. É apenas um tipo de efeito visual bem agressivo.

Além do mais, por esse tópico, o que não é motivo para ser considerado demérito, o boxe e a ação em Ring ni Kakero é trabalhado de uma forma menos séria. Claro que existem as técnicas e a explanação sobre elas. Contudo, ainda assim parece mais aquele shounenzão para a garotada, que não se preocupa em parecer um recorte fiel da realidade. E não há problemas nisso.

Ring ni Kakero
© Ring ni Kakero

Não existem vilões, apenas rivais

Outro grande pilar desse gênero é a ideia de que ninguém é contra ninguém, de verdade. No fundo, são apenas pessoas que rivalizam por um objetivo. Às vezes, pelo mesmo objetivo. Em Ring ni Kakero essa ótica é bem acentuada. Toda a construção do anime leva a um final que reune todos os participantes do torneio para uma luta entre os boxeadores do Japão contra os dos EUA.

Em suma, as várias lutas disputadas e os momentos de desentendimento, foram apenas isso: MOMENTOS. E o que corrobora essa ideia é o final da primeira temporada, onde personagens que não se gostavam acabam reconhecendo no outro seus valores e unindo forças para um objetivo ainda maior que foi estabelecido entre eles.

Ring ni Kakero é um anime que trabalha temáticas de amizade, determinação e superação. É uma ótima recomendação se você curte narrativas de esporte. Talvez não seja o melhor dessa categoria, mas com certeza não é o pior. Vale a pena dar uma chance para ele.

Ring ni Kakero
© Ring ni Kakero

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