BlazBlue: Alter Memory – Ficha Técnica
Gênero: Ação, Fantasia
Estúdio: Hoods Entertainment, teamKG
Baseado em: Jogo
Número de episódios: 12 episódios
Estreia: 2013
O anime baseado nos jogos BlazBlue: Calamity Trigger e BlazBlue: Continuum Shift, para Playstation 3, Xbox 360, PSP e computador, não deixou sua marca. BlazBlue: Alter Memory é um exemplo de como não adaptar um jogo em animação, pois simplesmente é apressada, não tem personagens carismáticos por conta do dos seus poucos episódios e, sobretudo, da sua execução confusa e cheia de falhas que fazem o telespectador perder o interesse de assistir logo em seus primeiros episódios.
Para quem já apreciou os jogos de BlazBlue já percebe logo o quão bagunçado e sem emoção é o começo da animação. BlazBlue: Alter Memory possui uma série de erros e, pessoalmente falando, que são capazes incomodar aqueles que já possuem um entendimento da história e dos personagens. O jogo em si é ótimo, padrão Arc System Works! Eu até recomendo para você que curte um bom jogo de luta em 2D tradicional, é um jogo que está em ótimo preço atualmente, que tem gráficos lindos e te dá horas de diversão, mesmo sendo de 2010. Contudo, quanto a animação do jogo… Não recomendo nem um pouco.
Não honra o jogo!
Em contraste com um jogo tão bem estruturado tanto em seu combate como na sua história e, sobretudo, em seus gráficos, BlazBlue: Alter Memory peca e peca muito. A animação parece que foi feito às pressas, sem vontade e, principalmente, sem impacto. O que deveria ser feito? Reaproveitar a história e os personagens! Honrar a história que há no jogo, contar ela bem com uma quantidade maior de episódios, sem ser apenas doze. Os personagens também são outra decepção e, assim como a animação, passam em branco.
Primeiramente, a história é para lá de confusa. Certo, eu admito que BlazBlue tem, originalmente falando, uma história que não é a das melhores de entender e tudo mais, é cheia de detalhes, revelações e ligações entre personagens que você vai descobrindo à medida que vai avançando no modo história do jogo. Contudo, o jeito de como a história é contada na animação consegue deixar tudo mais confuso! Os personagens são apresentados de maneira impensada e isso afeta muito o desenrolar da trama.
Deixa muito a desejar!
No início, somos apresentados ao principal, isto é, ao vampiro Ragna the Bloodedge que já aparece lutando sem ao menos haver uma introdução do personagem que tem uma concepção e história bem bacana. BlazBlue: Alter Memory já começa com o pé esquerdo, apresentando ao seu público cenas sem embasamento que deixa o telespectador sem saber o que diabos está acontecendo, sem conhecimento do que está se passando. Até mesmo para aqueles que jogaram o jogo, a história é confusa e te faz ficar perdido com facilidade.
Falando sobre a arte, sobre o visual da animação, eu achei aceitável. O estúdio Hoods Entertainment fez um trabalho legal, não é à toa, visto que foi responsável por animações de visual qualidade como Drifters e Seikon no Qwaser. Todavia, em minha opinião, um estúdio mais promissor deveria ter sido responsável, a animação poderia ter ido além até pelo fato de que os cenários e os personagens de BlazBlue são cheios de detalhe. De qualquer forma, a arte foi o ponto que eu mais achei positivo.
Os personagens foram simplesmente decepcionantes. O jogo de BlazBlue é famoso por mostrar personagens belíssimos como Jin Kisaragi, Hakumen e Taokaka, além disso quando você faz a campanha deles é mostrado mais sobre eles, o jogo te informa bastante e dá um contexto legal aos personagens por meio de cenas e cutscenes. Em BlazBlue: Alter Memory não há isso, os personagens sofrem uma notória carência em suas respectivas histórias pela pressa da animação, pela falta de estruturação em sua história e, principalmente, pela falta de vaidade que há neles. Assim, os personagens apresentam-se como superficiais, sem carisma e impacto. Decepção.
A relação entre os personagens que era para ser um dos pontos mais fortes como é o caso da relação entre Ragna e Jin Kisaragi não empolga, pouca coisa empolga nessa animação. BlazBlue: Alter Memory tinha tudo para ser marcante com seus personagens e histórias, mas não consegue nem nesse ponto.
Enquanto a música e as lutas?
Em relação a música, ele peca também e isso chega até ser cômico. Os jogos de BlazBlue são revestidos com trilhas sonoras de seus respectivos personagens que funcionam muito bem! Em cada batalha há uma música diferente, cada personagem tem sua própria música e há opção de escolha e, sinceramente, as músicas são muito boas. Guitarras de qualidade, bateria veloz, violinos na medida, é divina a sonoridade no jogo. Contudo, em BlazBlue: Alter Memory não há isso, a animação sequer aproveitou as músicas de seu jogo de sucesso. Dessa forma, temos uma abertura e encerramento esquecíveis e músicas que nem fedem e nem cheiram, passam despercebidas quando deveriam ser épicas e eletrizantes para combinar com a atmosfera.
Por último, as lutas são pífias. Sério, como é que um anime de um jogo de luta consegue ter a capacidade de fazerem lutas tão céleres e sem capricho? Olha, se tem um anime que eu acho que foi feito às pressas e sem vontade é o tal do BlazBlue: Alter Memory! Com personagens com poderes tão legais, temos Jin Kisaragi e seus golpes de gelo, temos Taokaka com seu estilo de luta felino, temos Ragna com sua brutalidade e força implacável, mas o que temos na animação? Não temos essa retratação nas habilidades dos personagens, temos superficialidade! Não há capricho nessa animação, isso é visível.
Enfim…
BlazBlue: Alter Memory não é uma boa escolha para você que está afim de uma animação de luta e tampouco para aqueles que jogaram o jogo e querem saber mais sobre a história. Poupem seu tempo! Há diversas opções melhores do que assistir uma animação de doze episódios que é confusa, sem capricho, apressada e sem emoção.
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