Psyche Matashitemo, do autor Fukuchi Tsubasa, é um mangá interessante, no entanto nada inovador. E tudo bem. Não há necessidade de algo ser inovador, fora da caixinha para valer a pena. Basta que tenha originalidade e um bom propósito, seja ele qual for.
Aqui, acompanhamos a vida de Saike que, em um determinado dia, presencia a morte de sua melhor amiga. E, após sofrer com o baque, caindo em um lago próximo ao acidente, sem nenhuma explicação, ele volta no tempo, no mesmo dia, tendo a possibilidade de salvar a garota de seu triste e iminente destino.
Tentando de todas as formas salvar ela
O mais do mesmo. Porém, reitero o que mencionei acima dizendo que isto não é necessariamente um problema. Mas não há como fugir do fato. Obras como Re:Zero, Erased e até mesmo o mais recente Tokyo Revengers trabalharam com este estilo de enredo.
Após a morte de sua amiga, Saike tenta de todas as formas possíveis salvá-la, porém nada dá certo. Até existem algumas conveniências de roteiro para realizar algumas coisas, mais voltado, também, para o viés da comédia, mas que acabam justificando o propósito.
A questão é que todas as possibilidades falham e ele precisa retornar ao ponto zero e tentar tudo novamente. Fica claro que até o protagonista compreender o propósito da vida dele, nada irá surtir efeito, não importando o quanto ele se esforce. E isto nos leva à máxima de Psyche Matashitemo. Aquilo que, em minha concepção, é o que o autor quis passar de fato.
Psyche Matashitemo é, mais que ficção, sobre a vida real
Saike é aquele típico personagem sem força de vontade e com nenhum objetivo na vida. Aliás, antes de iniciar de fato a narrativa, o mangaká brinca um pouco com o leitor fazendo uma breve apresentação do personagem principal e a maneira como ele se sente sendo o foco da história. Uma espécie de quebra da quarta parede.
O fato é Saike não possui nenhuma ambição, nenhum sonho, uma vontade se quer de alcançar algo. Para ele, ficar na mesmice, permanecer estagnado é aceitável. Praticamente, vive uma letargia, tanto pessoal como social.
O mangá denota que isto é errado, pois pode ser nocivo. Não é o caso de querer abraçar o mundo ou mesmo de querer dominá-lo, mas de ter um propósito, de sonhar com algo, o mais simples que possa ser. No entanto, nem isso nosso protagonista tem.
Todavia, é a partir da morte de sua melhor amiga que ele entende que o poder de voltar no tempo que ele recebeu é uma forma de lutar, de querer algo com todas as forças. Mais do que ter uma ambição, é possuir algo que somente ele pode executar.
Vale a pena ler Psyche Matashitemo?
Independe de como você encare o plot, tendo em vista sua pegada já vivenciada por inúmeros personagens de outros mangá, ainda vale a pena dar uma chance para Psyche Matashitemo.
Como supracitado, mesmo em algo já visto antes, ainda pode existir o fator surpresa. Aquilo que é singular da própria obra. Então, dê uma chance para o título.
Ademais, após o primeiro volume, o mangá parece partir para outro viés, algo mais voltado ao sobrenatural, no tocante aos superpoderes, onde descobrimos que Saike não é o único com habilidades. Então, novamente, talvez valha a pena dar uma conferida.
E você, o que achou de Psyche Matashitemo? Deixa aí nos comentários a tua opinião. Vamos ficar muito contentes em lê-la.
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