Record of Ragnarok (Shuumatsu no Valkyrie) estreou recentemente no catálogo da Netflix. As expectativas para a chegada do anime eram altas. Contudo, quanto mais alto for, maior é a queda. E os fãs experimentaram essa queda.
Como alguém que acompanha o mangá, tive, sim, minhas expectativas para a adaptação em anime. Entretanto, nada em demasiado. O que acabou corroborando para que eu não me frustrasse com o que foi apresentado no anime.
Aliás, isso traz à tona um debate iniciado um tempo atrás, ainda sobre estilo de animação. Estamos falando de Gokushufudou: Tatsu Imortal. Por apresentar uma animação estilo “slideshow“, muitos criticaram bastante esse formato de fazer anime.
Novamente tivemos este estilo aqui em Record of Ragnarok. E, claro, como já era de se esperar, a comunidade otaku não gostou nem um pouco. Embora o anime tenha sido aceito e apreciado por alguns, a parte negativa pareceu sobrepujar.
Mas afinal, o que é Record of Ragnarok?
A história segue uma disputa lendária entre humanos e deuses. Após vários e vários anos dando aos humanos o privilégio de viver, os deuses simplesmente decidem que a raça humana não é mais necessária. Afinal, só causam o mal.
Neste ponto, convenhamos que há uma certa lógica na decisão dos deuses. O ser humano é uma praga. E dessa forma foi decidido que haveria, enfim, a extinção. Entretanto, no meio da assembleia, surge uma valquíria, que propõe algo mais interessante.
Ao invés de simplesmente aniquilar a raça humana, porque não deixar que eles lutem por suas vidas?! Sendo assim, a partir de uma série de leis celestiais, foi decretado o Ragnarok. 13 humanos contra 13 deuses em uma luta 1×1. Inicia-se o confronto mais épico de todos.
Além do mais, um ponto de suma importância, é o fato dos representantes da humanidade serem personagens históricos da vida real. Isso é um baita diferencial para a história. Embora haja personagens marcantes, eu particularmente escolheria pessoas mais conhecidas, para deixar a história ainda mais interessante.
O estilo de animação paupérrima que desgraçou a animação
O mangá por si só já é enrolado. Quem lê sabe que isto é um fato. Um dos pontos marcantes de Record of Ragnarok é tratar bastante sobre o desenvolvimento dos personagens. Claro que é um mangá de porradaria, mas também existe a preocupação de construir um cenário.
Para isso, o mangá utiliza muito o recurso do flashback. O anime também não descarta essa possiblidade, uma vez que utiliza, tal como seu produto original. Porém, a diferença está aí. No mangá é demorado e um pouco cansativo, quem sabe, mas ok. Agora no tocante a uma animação que boa parte se mantém estática e ainda ter todos esses rodeios, chega a ser irritante.
O que a galera estava aguardando era porrada, personagens voando de um canto para outro e vários flashs na velocidade da luz enquanto os lutadores se matavam na arena. Infelizmente isto não foi o entregue. Mas em defesa do próprio anime, o trailer já havia dado indícios de que isto era uma possibilidade.
Record of Ragnarok vs Gokushufudou
Como supracitado, aqui entramos, novamente, na discussão de Gokushufudou. É exatamente a mesma animação? Não! Mas o estilo é similar. Porém, defendendo a adaptação como defendi na época em que foi lançado, para o anime do yakuza funciona muito bem.
Funciona pelo simples fato de ser um anime puramente cômico, sem aquela carência de movimentos. Logo, o estilo “powerpoint” dá uma ótima cadência para Tatsu Imortal, que só deixa tudo ainda mais engraçado. O que diverge bastante de Shuumatsu no Valkyrie, que não funciona muito bem.
Na obra em questão, precisamos de movimentos, é algo imprescindível. E não o temos. Por este motivo o anime acaba sendo ruim. E é totalmente compreensível que ele tenha desagradado. Aqui foge um pouco a ideia de somente altas expectativas. Era algo básico em um anime de luta.
Considerações finais
Em momento nenhum utilizei o termo “horrível” ou “impossível de assistir” porque também não é para tanto. O anime pecou muito no que tange a animação, mas não significa que não dê para assistir e aproveitar os bons momentos da história.
Em minha concepção, o plot sempre será sobressalente à animação. Estilo de animação é importante? Claro que sim. Mas há casos e casos. E devemos ponderar se consumimos algo pelo o que ele tem a oferecer de agregador ou somente por ele ser bonitinho e colorido, com muitos movimentos.
Reitero que poderia ser muito melhor a animação, contudo ainda assim vale a pena dar uma conferida, caso não tenha visto. E fica aqui a indicação do mangá. Se conheceu este título por meio da recente adaptação, busque ler o mangá. Não irá se arrepender.
Aliás, por fim, caso seja um colecionador de mangás e ainda não o leu, aproveite para acompanhar os lançamentos dos volumes pela editora NewPOP, que será responsável pela publicação da obra aqui no Brasil. Novamente, vale muito a pena.
E você, o que achou da adaptação em anime de Shuumatsu no Valkyrie?
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