Recentemente, o Eric, também redator aqui do site, me recomendou o mangá Mato Seihei no Slave para ler. Como eu estava à procura de novos títulos, veio a calhar a sugestão. Aliás, uma informação interessante acerca de Mato Seihei no Slave, é que é do mesmo autor de Akame ga Kill. Eu nunca li, mas conheço. Então, também por isso, resolvi dar uma chance para a obra.
Em suma, sofri uma ilusão e, subsequentemente, uma desilusão com Mato Seihei no Slave. Inicialmente eu tive uma interpretação do que eu achei que seria. E de certa forma, é. Porém, conforme a narrativa vai se desenvolvendo, tive uma quebra no que eu achei que, talvez, fosse ser a história. Aliás, o título deste texto é sensacionalista, só para atrair mais cliques.
O equívoco nada tem a ver com a proposta em si, mas no que EU acreditava que seria abordado. Todavia, é um ponto complexo, justamente por, ao mesmo tempo que não é o que eu achava, também não deixa de representar aquilo que me chamou a atenção. Pode parecer confuso, mas ao longo deste texto tentarei deixar mais elucidado minha visão quanto à obra.
Conhecendo o mundo mágico de Mato Seihei no Slave
A história inicialmente segue a vida de um jovem estudante comum, chamado Yuuki Wakura. Eu não tenho tanta certeza se o grande foco da narrativa é ele ou as garotas que irão aparecer futuramente. No entanto, ele é fundamental para compreendermos o funcionamento daquele mundo e o que aconteceu com ele.
Em síntese, em algum momento da história, portais para dimensões diferentes se abriram em várias cidades do Japão. Essas entradas ficaram conhecidas como “Mato“. Após o surgimento desses portais, seres monstruosos saíram de dentro deles e atacaram as cidades, devastando tudo e todos, ceifando muitas vidas nesse processo. Esses monstros são chamados de Shuukis.
Mas não é somente desgraça que habita nesta região de Mato. Ali, naquela região até então desconhecida pelos seres humanos, reside um poderoso fruto que tem por nome Peaches. E é justamente neste momento que eu tive um vislumbre do que, possivelmente, a história de Mato Seihei no Slave seria. E até foi, porém, seguindo um viés completamente diferente.
Esses Peaches oferecem grandes habilidades de combate. No entanto, somente para as mulheres. Os homens, por mais que as comam, não irão desenvolver absolutamente nada. O porquê de ser algo restrito às mulheres, eu não faço ideia. Talvez revelem esta curiosidade mais para frente. Ou não. O ponto é que eu considerei que seria uma narrativa mais voltada para uma maior expressão feminina e coisas do gênero.
O início de um sonho… deu tudo errado
Sendo assim, a história apresenta, de fato, um universo onde as mulheres possuem um maior protagonismo em relação aos homens. São mais fortes, mais cheias de atitudes e com bem mais presença, afinal quem possui a força ali são elas.
Pensando nisso, o governo japonês formou o Anti-demon Corps, um grupo de elite de mulheres que receberam o poder dos Peaches para lutarem contra esses monstros de Mato e reestabelecer a segurança do país, a fim de que não ocorro mais ataques e mais mortes desnecessárias.
É uma visão interessante do que é a obra. Logo, minha concepção em achar que o foco estaria justamente nas mulheres e seu protagonismo não era algo tão ilógico assim. E para falar a verdade, me questiono se eu idealizei demais algo que nem era para tanto.
Quase como estragar algo por querer ficar inventando demais uma coisa nada a ver. Por fim, depois do autor apresentar tudo isso e eu, até então, achar agradável, tudo “desmorona” quando o mangá se mostra ser apenas mais uma história de harém.
Entendo como realmente funcionam as coisas em Mato Seihei no Slave
Quando Yuuki se perde no caminho para casa e acaba caindo dentro de um dos portais que levam para a região de Mato, ele dá de cara com terríveis Shuukis. Correndo por sua vida, ele é salvo e resgatado por Kyouka Uzen, a chefe da Sétima Unidade da Anti-Demon Corps. E é aqui que as coisas começam a tomar um rumo diferente e quebram totalmente a minha expectativa.
Ademais, este é o ponto que deixa confuso o que eu tentei dizer alguns parágrafos acima. Porque, afinal, o mangá é, sim, sobre somente mulheres possuírem habilidades especiais e serem protagonistas. Entretanto, também retrata elas no típico paradigma do gênero harém.
Uzen reconhece o potencial de Yuuki, que funciona como um auxiliar na batalha, podendo transformar-se em uma espécie de Shuuki, contanto que ele se torne um escravo dela. Porém, um escravo com “benefícios”. E a partir do que já foi exposto aqui, você pode deduz quais seriam essas compensações.
E onde entra o harém na narrativa? Simples. O esquadrão, ao total, é formado por mais três guerreiras que, com o tempo, com certeza irão se aproveitar dele e subjugá-lo para realizar seus desejos. E, no fim, ele receberá suas recompensas de várias mulheres diferentes.
Finalizando as primeiras impressões do mangá Mato Seihei no Slave
Em suma, a ideia do mangá é interessante. Não vou dizer que é horrível, até porque a proposta me chamou muito a atenção. Porém, quando seguiu um caminho pelo qual eu não vejo muita graça, me perdeu aí. Quem gosta, nada contra. É bom deixar isso registrado.
Por isso a enorme confusão. É sobre “empoderamento”, mas também não é. Ao mesmo passo em que as mulheres ganham uma roupagem de enorme presença, elas também acabam caindo na velha mesmice abordada por esse gênero.
Contudo, mais uma vez reitero, não tem necessariamente a ver com algo que o autor propôs desde o início e em seguida abandonou. Eu tive essa interpretação e eu, por conta própria, quis acreditar que seguiria um caminho específico que nada tinha a ver com o que realmente era Mato Seihei no Slave. Mas no geral, tem uma proposta legal e acredito que, por este motivo, vale a pena dar uma lida nos primeiros capítulos do mangá.
E você, o que achou de Mato Seihei no Slave? Deixe nos comentários. Queremos saber a tua opinião.
No início eu tinha medo que morresse todo mundo, agora eu tenho medo que alguém sobreviva 💀
Oloko, kkkkkkk. Essa é uma visão bem peculiar da história, hahaha
Eu evitei essa bomba de bosta pq pelo o que eu vi na comunidade o prota curte ser um escravo, é uma obra de fetiche onde o cara é um escravinho de mulher. Mas agora vou arriscar ver a bomba só pelo seu post de encher linguiça, que me tirou algumas risadas com sua inocência ideológica kkkk
Vou lá ver se é tão ruim assim mesmo kkkkk