MAO, o novo mangá de Rumiko Takahashi, é interessante, não nego. Porém, quem já conhece a mangaká e está habituado a outros trabalhos da autora, irá perceber uma leve semelhança com obras passadas, principalmente com InuYasha, que poderia ser taxado como sua obra mais icônica.
A história segue um plot singular, mas é possível notar, se analisar bem, que há muitas coisas similares às suas outras produções. Isso não é de todo mal, uma vez que a autora tem uma metodologia de trabalho e segue com ela sempre em novos projetos.
É o famoso ditado: “time que está ganhando, não se mexe.” Em contrapartida, para mostrar como talvez esse ditado seja uma verdade, basta olhar para Masashi Kishimoto, que acabou mudando radicalmente seu gênero e no final deu no que deu.
Pragmaticamente, não acredito que exista uma fórmula mágica para o sucesso. Tudo se embasa no método de tentativas e erros. Algumas simplesmente dão certo, outras fracassam miseravelmente. Mas existem aqueles casos que permanecer com o padrão também funciona.
O plot de MAO
Em MAO, somos apresentados à protagonista chamada Nanoka Kiba. Nanoka é uma estudante do ensino médio. Há oito anos, ela sofreu um grave acidente de carro junto com sua família, levando a garota quase a beira da morte. Mas por algum motivo sobrenatural, Nanoka sobreviveu.
Desde então, a garota possuía certas sensações e habilidades sobrenaturais que ainda não haviam sido despertadas. O fato é que estavam ali, bastava somente o gatilho. E em um determinado dia, ela acaba voltando para o local do acidente e avista um enorme portão que dava entrada a um grande comércio.
A entrada se tratava de um portal dimensional, que transportou a menina para uma outra época. Naquele mundo, existiam inúmeros seres sobrenaturais. Um deles acaba atacando a garota que sofre alguns ferimentos. Nesse momento surge um garoto jovem e forte que a salva do perigo, seu nome era MAO.
Basicamente esta é a premissa cerne deste mangá. Como mencionado anteriormente, o mangá é novo, mas a fórmula é antiga. Todavia, isso não faz da obra algo ruim. Já adianto que vale a pena dar uma conferida, porque ela consegue ser interessante.
MAO ou InuYasha?
É fácil se perder de vez em quando no plot achando que se está lendo InuYasha, uma obra também escrita e ilustrada por Rumiko. As semelhanças são muitas, principalmente com o personagem principal masculino. Mas, claro, aqui entramos no mérito dos traços da autora. Era de se esperar que houvesse uma certa convergência.
Em determinados capítulos, cheguei a presenciar outras pessoas confundindo o protagonista com o Inu Yasha, logo isso denota que realmente as aparências estão bem acentuadas. Entretanto, não ficando restrito somente aos aspectos dos traços no mangá, o enredo também é muito similar.
A obra basicamente segue o mesmo padrão: uma garota colegial que passa por experiência sobrenatural, encontra um garoto do outro mundo e, juntos, começam a solucionar problemas do outro mundo na busca de uma resposta para seus dilemas.
Outra obra de Rumiko que também segue essa linha é Kyoukai no Rinne. Logo, percebe-se claramente um padrão da mangaká na hora de desenvolver suas histórias. E como já elencado acima, não é que seja errado. Se funciona, então tudo certo. Mas que é mais do mesmo, isso é fato.
Não entreguei tudo da história neste texto para poder deixar você que se interessou ser surpreendido pelos eventos que norteiam esse mangá.
Mas se você gostou, deixa sua opinião ali nos comentários, vamos interagir!
Oi parceiro, eu li o seu artigo 🙂