O início de um dos melhores arcos
Se você estava gostando do que viu até aqui em Dr. Stone, tenho certeza que vai gostar ainda mais do que está por vir. Nesse arco serão apresentados novos personagens que terão papéis importantes para o decorrer da história. A primeira delas é a Kohaku – um ótimo cartão de visitas.
Forte como uma leoa, ela possui qualidades físicas parecidas com a do Taiju, entretanto, ela é uma excelente lutadora. Sua personalidade se encaixa no que eu chamo de trindade idiossincrásico da nova geração em Dr. Stone. Vou abordar sobre esse assunto um pouco mais a frente.
Kohaku é forte por causa de um motivo nobre. Ela precisa buscar água da fonte todos os dias para a irmã que tem uma doença grave, em um tempo onde não existem medicamentos – ainda. Por esse motivo ela desenvolveu essa forma física privilegiada. O anime não faz questão de explicar tudo nos mínimos detalhes, mas quando o assunto é sobre a origem das principais qualidades físicas ou intelectuais dos personagens, raramente ficamos sem uma explicação.
A força do Tsukasa, as habilidades da Kohaku, a resistência do Taiju, a inteligência do Senku e do Chrome, enfim. Todas elas têm uma origem que a obra nos conta mais cedo ou mais tarde.
O lugar perfeito para criar o reino da ciência
Ao bater os olhos na vila Ishigami, Senku percebe que ali é o local perfeito para ele construir o reino da ciência. Essa ideia ganhou forca quando ele conheceu o Kinrou e o Ginrou, guardas da ponte. O nível de conhecimento daquele povoado sobre o mundo moderno e a ciência é quase nulo – evidenciado pelas bolhas de sabão.
Ambos são irmãos que possuem personalidades distintas. Kinrou é ótimo guerreiro que segue as regras acima de tudo – se você conhece o Kunikida (Bungou Stray Dogs) perceberá semelhanças -. Ele é conhecido por ser extremamente inflexível – pelo menos até conhecer o Senku. Já o Ginrou é um guerreiro medroso – com lapsos de Zenitsu (Kimetsu no Yaiba) -. que preserva a ingenuidade de uma criança. Essa dupla será responsável por muitos momentos engraçados no anime.
Por fim e não menos importante, conhecemos o Chrome – o verdadeiro ship do Senku. Ele representa a curiosidade de uma criança pela ciência em um mundo, onde nem a palavra ciência é chamada de ciência – vulgo feitiçaria. Ele percorreu na infância o mesmo caminho que o Senku, porém, com uma enorme diferença: ele não tinha as ferramentas e conhecimentos do mundo moderno. Esse caminho é digno de reconhecimento por parte dele.
Rapidamente ele é convencido a cooperar com o mesmo, assim como a Kohaku resolveu ajudá-lo desde o início e levar um forasteiro para sua vila. É tudo tão simples assim em Dr. Stone?
A simplicidade dos relacionamentos em Dr. Stone tem uma explicação
Sim, muita coisa na obra acontece de forma simples, sem que haja a necessidade de grandes desenvolvimentos. Mas uma coisa ajuda a explicar esses conhecimentos: a tal trindade idiossincrásico da nova geração que eu citei lá no inicio do artigo. E se você chegou até aqui, o mínimo que posso fazer é explicar sobre ela.
O anime ainda não explicou a origem dessas pessoas nem de qual geração elas pertencem, mas deixou claro que elas não são da mesma geração dos humanos que foram petrificados. Como isso será explicado mais a frente, não entrarei em detalhes agora. Mas tem algo que você já pode entender.
Se tratando de uma nova geração, independente de qual ela seja, precisamos analisar o aspecto em que essas pessoas cresceram e desenvolveram sua visão do mundo. Certamente esses aspectos foram diferentes da geração do Senku. Então existem três características presentes nessa nova geração que servirão para explicar muita coisa no futuro: desconfiança, pureza e fidelidade.
A desconfiança é oriunda de um instinto natural, assim como as dos animais. “O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe”. Essa frase de Jean-Jacques Rousseau explica sobre a pureza, mantida e preservada em uma sociedade que não possui elementos suficientes para contaminar essa pureza das pessoas. A fidelidade acontece de forma genuína em relações que não precisam ser complicadas. Quanto mais a sociedade se desenvolve, as informações se multiplicam, as experiências negativas e positivas se acumulam, os relacionamentos se complicam. Esse fenômeno não acontece nessa geração em Dr. Stone, logo os relacionamentos acontecem de forma mais simples do que em uma sociedade moderna como a nossa.
A mescla dessas três características gera um efeito descomplicador na obra, sendo assim o autor não precisa se preocupar em usar os parâmetros de relacionamentos da nossa sociedade. Isso possibilita que desfechos sejam criados sem uma narrativa complexa. E essa fórmula funciona muito bem na história.
O final do episódio traz um gancho para qual será o próximo objetivo do Senku. Durante esse processo, muitas outras coisas serão criadas – ou recriadas – e vários outros personagens surgirão, junto com novas relações. Dr. Stone é aquele exemplo de história que só melhora com o tempo.
E você, o que achou do sétimo episódio de Dr. Stone? Deixa aqui nos comentários!
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