Conversando com amigos, recentemente, me surgiu o questionamento se existe anime sobre tudo e isso acabou me fazendo pesquisar um pouco, até que qual não foi minha surpresa quando descobri que não existe anime sobre tudo, mas QUASE tudo.
Pensando nisso, decidi que traria essa indagação como assunto dessa semana.
Muito se fala sobre o brasileiro precisar ser estudado, mas e os japoneses? Eles conseguem fazer animes com temas cada vez mais bizarros e ainda dar um pouco de sentido aquilo.
Nem preciso dizer nada sobre o mercado do hentai, por que olha… isso que é criatividade para putaria. Além disso, os fetiches se estendem para muito além da pornografia e chegam aos animes genéricos em forma de “fantasia/shounen ecchi“.
Obviamente não estou aqui para criticar, afinal existe gosto para tudo, porém é um tanto quanto curioso que seja tão necessário criar uma infinidade de animes por temporada até o ponto de tornar os temas mais comuns extremamente saturados e que os leva à situação de pensar “e se nós fizéssemos um anime com meninas cavalos? Ou uma história sobre uma boy band feita de cabeças de gesso?”, resultando, portanto que reflitamos sobre estarmos vivendo na mesma realidade em que existe um anime sobre meninas cavalo. O que poderia ser até plausível, se não fosse o enredo absurdo que nos faz olhar e pensar “não acredito“.
Mas é claro que existe o público que vai assistir e gostar do anime, assim como tem um público para as meninas que se transformam em automóveis e um público para o anime do urso que tem um café e recebe outros animais ali. As histórias continuam se desenrolando e o público nicho de cada uma continua consumindo, mesmo que seja um grupo bem seleto.
E podemos até dizer que tudo isso é o que move o mundo dos animes, porque se não existisse os outros temas completamente aleatórios, não teríamos outros que se destacam completamente por sua qualidade, como Jujutsu Kaisen, Kimetsu no Yaiba, Boku no Hero Academia, etc.
A real é que o dinheiro dita tudo e é por ele que as grandes indústrias de animação lutam, por isso é preciso recorrer a todas as ideias possíveis (até uma garota que se transforma em uma lata de refrigerante). Inclusive, ao perceberem que alguma fórmula dá muito certo, eles continuam insistindo até ficar totalmente saturado. Ainda assim, alguns temas como o isekai, por exemplo, continuam rendendo muito (desde o estopim de Sword Art Online), mesmo o mercado sobrecarregando todas as temporadas com inúmeros animes nesse estilo.
Outro ponto a se destacar também é como outros temas são muito explorados para atrair todos os tipos de públicos. Animes com garotinhas fofas, outros com muita mostra de corpo em momentos desnecessários e muitos outros com waifus demônios extremamente sensuais, todos esses atraem tanto público que podemos dizer que sustentam mais os estúdios de animações que alguns shounens isekais por aí. Outros que atraem muito público também são os romances totalmente água com açúcar que arrancam suspiros e abusam dos clichês de casais, que são muito produzidos também, sobretudo nos filmes que tanto trago aqui.
Mas onde estou tentando chegar ao dizer tudo isso? Só que, se pararmos para analisar, existe anime de quase todos os temas possíveis e até para qualquer gosto existente. Muitos são tão sem noção que não tem como manter a sanidade assistindo por completo, mas outros ainda conseguimos tirar um bom proveito de toda a loucura e até existem aqueles que a proposta pode até ser legal, mas o roteiro e o design de animação estragam completamente. Porém alguns outros são tão “fora da casinha” para nós muito mais por questões culturais do que pelos japoneses terem gostos duvidosos. No final, se existe um público consumidor, vai existir todo o tipo de tema imaginável. Muitos são por fetiche estranhos, outros para apelar ao público, outros com foco total em um bom enredo, outros até mesmo sendo algo cultural e por aí vai. Muitos podem ser os motivos para que animes dos mais variados temas sejam produzidos todos os dias.
E tudo isso não é para criticar essa diversidade de temas das animações japonesas, mas sim para refletirmos sobre todo o mundo dos animes e até que ponto eles irão chegar. É fato que, de tempos em tempos, lançam-se grandes nomes que fazem história entre todos esses títulos que saem de uma única vez, mas qualquer deslize da produção faz com que eles não sejam mais lembrados e procurados pelo público. No entanto, quando um anime possui muita apelação para conquistar os espectadores em geral, eles podem ter os roteiros mais absurdos, que jamais perderão sua audiência.
Talvez seja essa a verdadeira fórmula para a indústria dos animes conseguir estar sempre garantindo seu lucro e sua popularidade, já que fenômenos globais só acontecem, no máximo, umas 3 ou 4 vezes por ano. Ainda assim deixo o seguinte questionamento: será que existe um limite para essa grande diversidade de temas nos animes?
Mas muito se pode aprender ainda sobre até que ponto os japoneses podem chegar quando se fala sobre animes. Por isso deixem nos comentários se já pensaram sobre todos os temas bizarros de muitos animes por aí, além de como eles continuam insistindo em temas já saturados e em clichês antigos que ainda dão muito certo. Além disso, digam também quais são os animes mais inusitados que conheceram, quais os que mais gostaram e quais os que notaram que estavam além de seus limites.
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