Quem aí nunca ouviu falar em Alice in Borderland? A série, baseada em um mangá escrito e ilustrado por Haro Aso, estreou no final de 2020 e recentemente recebeu uma segunda temporada dando desfecho para sua narrativa sombria e distópica sobre jogos e a vida humana.
Para alguns, a obra é uma espécie de Round 6. Não obstante, mesmo havendo algumas similaridades na estrutura da narrativa, Alice in Borderland segue um viés diferente e denota algumas situações singulares.
Este texto não contém spoilerssobre a produção original Netflix, mas discorrerá sobre os eventos no geral, desde a primeira temporada até a segunda. É um convite para você que ainda não assistiu, dar uma chance.
O que aconteceu com o mundo normal?
A tônica de Alice in Borderland com certeza está no seu mistério. Está justamente centrada na descoberta do que significa todos os eventos após os personagens acordarem em uma realidade paralela. Onde estão? Por que estão ali? Quem é o responsável por tudo?
O gênero mistério consegue ser cativante exatamente por apresentar uma série de fatos instigantes, no entanto sem respostas. E ao mesmo tempo que ele pode ser glorioso, estes mesmos fatores podem ser sua sentença, uma vez que as resoluções não se equiparam a proposta inicial.
Após acordar em um mundo misterioso, os personagens se veem na obrigação de jogar jogos cruéis que decidem quem morre e quem vive. Os jogos tem como base as cartas do baralho, com o símbolo significando o tipo de jogo e as numerações sua dificuldade. Ademais, os jogadores possuem “vistos”, que depois de um certo tempo expiram.
Quando este momento chega, um laserdesce diretamente do céu e mata o participante. Simples assim. Sem nenhuma misericórdia. Aliás, isto também vale para os perdedores dentro dos jogos. Depois de tudo isso, fica difícil largar esta obra com tantas incógnitas. E é isso que ela quer, fazer com que você fique até o último minuto.
E consegue, pois tudo funciona muito bem.
A construção dos personagens de Alice in Borderland
Saber construir personagens é uma tarefa mais do que fundamental. Afinal, são eles que conduzirão a narrativa e fará com que fiquemos ali. Em Alice in Borderland todos os personagens com grande foco possuem um background agradável. Isto nos faz ter uma compreensão maior e melhor deles.
Essa ferramenta é essencial para que o telespectador possa criar uma empatia pelos personagens. Todavia, o contrário também é verdade. No tocante aos personagens que são vilões, o passado deles também serve para que possamos entender suas motivações.
Assim como há a empatia, também existe a antipatia, que nos fazer sentir aversão a determinados personagens. Tudo isto faz parte do plano do autor para nos deixar cada vez mais envolvidos com a trama. Afinal, se não há imersão, não tem um verdadeiro sentido em se manter ali.
Cada personagem possui um histórico de vida mais nebuloso do que o outro. É possível notar, em certa altura da série, que a grande maioria vivia em uma condição de paradigma que, ou era muito infeliz, ou sem propósito e até mesmo em estado de insatisfação.
Vale mesmo a pena acompanhar a série?
A resposta é sim. Com apenas oito episódios cada temporada, Alice in Borderland te levará em uma viagem inesquecível, com jogos bizarros, encontros inesperados e amizades que superam até mesmo a morte. Como já supracitado, a série é baseada em um mangá.
No entanto, além do mangá, também há um anime. Obviamente os eventos em cada uma das mídias se divergem, mas mantém a essência do que a história é. Logo, são muitas possibilidades para começar a consumir este conteúdo. Entretanto, a recomendação maior está na série na Netflix.
Drama, ação, suspense, mistério. Essa mescla de gêneros fará você vibrar, se emocionar, se aborrecer, chorar e comemorar com cada uma das vitórias e derrotas dos personagens. Alice in Borderland é uma produção sensacional que vale a pena o seu tempo. Dê uma chance.
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