Algo importante que você precisa saber sobre Knights of the Zodiac: Saint Seiya
A primeira coisa que você precisa saber sobre Knights of the Zodiac: Saint Seiya é que o público-alvo da adaptação não sou eu, não são os fãs do clássico Cavaleiros do Zodíaco e provavelmente não é você que está lendo. O público-alvo são pessoas mais jovens que talvez não tenham tido contato algum com o Cavaleiros do Zodíaco original. Essa constatação precisa estar presente antes de avaliar o remake.
Assim como é necessário fazer uma separação das obras, pois ao saber que nós não somos as pessoas quem o remake deseja atingir, seria natural que o tom e a abordagem do anime atual seja diferente do que conhecemos. Apesar de ser completamente nostálgico ouvir a abertura de Pegasus Fantasy, na versão da banda The Struts.
Posto isto, o primeiro episódio de Knights of the Zodiac: Saint Seiya evidencia que o remake não veio para se destacar com cenas de ações fortes com maior carga emocional. Ao invés disso, temos um Seiya que parece um jovem americano do Brooklyn, que costumeiramente se envolve em problemas muitas vezes evitáveis e lida com eles utilizando o poder do sarcasmo, no melhor estilo Punho de Ferro.
Knights of the Zodiac: Saint Seiya constrói uma ambientação muito mais próxima de uma série do que um anime, então a tendência de trazer um Seiya mais atual ligado a tecnologia é uma aposta natural, visto que desassociar os dois poderia soar estranho para um público mais jovem.
Sinopse:
“A história segue as aventuras modernas de jovens guerreiros, que são protetores jurados da deusa grega reencarnada Athena. Cada cavaleiro usa uma poderosa armadura baseada na constelação zodiacal escolhida, e são chamados de Cavaleiros do Zodíaco. Eles ajudam Athena em sua batalha contra poderosos deuses do Olimpo que estão empenhados em destruir a humanidade.”
A tão questionável opção pelo CG.
Considerando todos os fatores anteriores, a animação do anime ficou adequada, mas deixa a desejar um pouco nas cenas de ação. A trilha sonora cumpre o seu papel estando presente em quase todo o episódio.
Gostando ou não do remake, é difícil negar que a condução do episódio foi boa. Mesmo percebendo que a história acelera os acontecimentos – e essa parece uma marca dessa versão -, em via de regra o episódio entrega começo, meio e fim, com um gancho para os próximos episódios.
Levando em consideração as pessoas que estarão assistindo pela primeira vez, é possível que o anime agrade e o objetivo final seja atingindo. Vejo com bons olhos que obras antigas reapareçam para uma nova geração, mesmo que mudanças em relação ao original aconteçam, afinal é necessário fazer adaptações para atingir um público que não necessariamente gosta da mesma coisa que eu ou você nos acostumamos a gostar.
Minha única preocupação com Knights of the Zodiac: Saint Seiya é que as lutas não carreguem a emoção que o original tinha. Emoção essa que conquistou muita gente e consagrou CDZ. O fato CG pode atrapalhar um pouco também nesse quesito.
Nota: 3/5
Essa nota é fruto de uma desintoxicação feita por alguém que assistiu muito Cavaleiros do Zodíaco na infância, mas que avaliou apenas os elementos técnicos do episódio, sabendo desde o início que o objetivo final do remake não era me agradar. Sem esse entendimento, eu estaria aqui apenas reclamando sobre o que fizeram com Cavaleiros do Zodíaco, mas isso seria um pouco leviano da minha parte.
E você, o que achou sobre Knights of the Zodiac: Saint Seiya? Deixe nos comentários.
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