Ficha Técnica – Tate no Yuusha no Nariagari Season 2
Gênero: Ação, Aventura, Drama, Fantasia
Estúdio: Kinema Citrus, DR Movie
Diretor: Jinbo, Masato
Origem: Light Novel
Data de estreia: 6 de abril
Após quase 3 (três) longos anos e dois adiamentos, o polêmico anime da novel Tate no Yuusha no Nariagari retorna em sua segunda temporada. Recentemente uma antiga discussão sobre a obra foi revivida e amplificada, “Estaria ‘Tate no Yuusha‘ romantizando a escravidão e o machismo?”; não quero entrar muito a fundo no assunto, mas a questão é que o debate gerou dentro da “comunidade otaku” brasileira uma imensa curiosidade em cima da segunda temporada da série, e é sobre o episódio de estreia desta tão ansiada continuação que eu dissertarei a seguir.
O episódio se inicia de um momento bem próximo de onde parou na primeira temporada. Naofumi e sua guilda estão ajudando a reconstruir a vila de Raphtalia, Lurolana, que por sinal agora tem como seu senhor e protetor o próprio Herói do Escudo. Após um estranho ataque de criaturas desconhecidas, Naofumi que ainda se preparava para a chegada da próxima grande ‘Onda de Catástrofe‘, estranha a inusitada aparição dos monstros e vai de encontro com a rainha Melromarc na capital, que além dele, havia convocado também os outros heróis. A rainha os explicou que os novos ataques não tinham envolvimento com as ‘Ondas‘, mas se tratavam do despertar do Espírito da Tartaruga, que ocorre uma vez a cada século num reino que carrega o mesmo nome da entidade; após a explicação ela solicita o auxílio dos heróis, que como ótimas pessoas que são, recusaram rapidamente e apresentaram como justificativa o fato de que seu único dever é “combater as Ondas“, o único a aceitar o pedido de Melromarc foi Naofumi, que além de nutrir uma amizade com ela também sente o desejo de ajudar as pessoas daquele mundo.
Em seguida ao diálogo com a rainha, ainda nas partes iniciais do episódio, uma cena vista por muitos dos críticos negativos da obra como negativa é transmitida. A nova integrante da guilda do Herói do Escudo, Rishia, uma garota que antes fazia parte do grupo de Itsuki e foi expulsa por ele por ser considerada fraca, decide espontaneamente se tornar mais uma escrava de Naofumi com o intuito de conseguir se fortalecer o máximo possível. Devo admitir que por ter toda discussão sobre esse fator da obra ainda fresco em minha memória, ter assistido a essa cena tão cedo me fez dar algumas boas risadas.
No decorrer do episódio pudemos ver a viagem da guilda de Naofumi até o Reino do Espírito da Tartaruga, que logo ao chegarem já se depararam com uma quantidade exorbitante de inimigos, os mesmos que apareceram na vila de Raphtalia, alguns monstros com aspecto de gorilas e outros com aspecto de morcegos gigantes, ambos com um tipo de casco de tartaruga em suas costas.
Por se tratar de uma quantidade muito grande de monstros, Naofumi ordena que o restante da guilda ajude as pessoas em volta do combate a encontrarem um lugar seguro, enquanto isso ele toma conta do combate. Apesar de termos visto também os outros personagens lutando, é muito interessante ver o foco que o roteiro está dando para Naofumi nas lutas, antes o víamos mais como um suporte para Raphtalia, que como ele mesmo a descrevia, era a sua “espada”, entretanto é curioso ver o crescimento em combate do personagem, misturando tipos de escudo e transformando defesa em ataque. Principalmente neste episódio, com a invocação do Escudo da Fúria, conseguimos ver melhor o protagonismo do Herói do Escudo crescendo no campo de batalha
Entrando agora nos critérios técnicos, este episódio não mostrou nenhuma mudança da sua temporada anterior tanto a animação e design da Kinema Citrus, quanto a trilha sonora e qualidade de direção mantiveram-se no mesmo padrão, não se teve nenhuma alteração visível. O fato do diretor ainda utilizar a mesma técnica de apresentar cenas de viagem sem diálogo com um tema estilo “celta medieval” de fundo tocando durante alguns minutos me deixa um pouco incomodado, na minha opinião esse tipo de cena sendo usada exageradamente na temporada anterior acabou a deixando um tanto quanto saturada e maçante em alguns momentos, acredito que seja possível utilizar esse tempo “ocioso” do roteiro de maneira mais dinâmica.
Sinopse:
Histórias da antiguidade falam de quatro heróis do outro mundo – empunhando a espada, lança, arco e escudo – que defenderam a terra de onda após onda de calamidade. Com o destino do mundo em jogo, o reino de Melromarc convoca essas figuras lendárias; no Japão moderno, a chamada é respondida e os heróis involuntários são transportados para esse universo fantasioso.
Empurrado para Melromarc e dado o título de “Herói de Escudo”, o otaku Naofumi Iwatani é rotulado como o mais fraco devido à sua falta de capacidade ofensiva e aparente inexperiência. Quando os heróis se separam para começar suas jornadas, ele só consegue uma companhia: a bela princesa Malty Melromarc. No entanto, ela logo o trai, rouba todo seu dinheiro e o acusa de tirar vantagem dela.
Naofumi é considerado um criminoso. Com ódio enchendo seu coração, ele sai sozinho, prometendo vingança contra aqueles que o prejudicaram.
Expectativas:
Acredito que esta temporada ainda vai dar muito o que falar, apesar da maioria das pessoas estarem começando a entender que isso se trata apenas de uma obra de ficção (ou seja, ser literalmente inventada), ainda existirá parte da comunidade que vai torcer pelo cancelamento da série, pois aparentemente não passa pela cabeça delas a ideia de simplesmente ignorá-la e não assisti-la.
Enfim, tenho certeza de que esta temporada agradará os fãs da obra que aguardam ansiosos pela superação e o desfecho da história do Herói do Escudo. Contudo, devo ressaltar a minha vontade de uma mudança no ritmo do roteiro, tornando assim a obra muito mais agradável.
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