Ficha técnica: Visual Prison
Gênero: Música, Sobrenatural, Vampiro
Estúdio: A-1 Pictures
Diretor: Furuta Jouji
Origem: Original
Data de estreia: 9 de outubro
Ao ler a ficha técnica, sinopse e assistir os trailers de Visual Prison eu pensei, “Ok, mais um anime musical, não é um gênero do qual eu gosto muito, ‘vampiro’ também não, mas a estética é bem atrativa. Além disso, o gênero ‘sobrenatural’ é um dos meus favoritos. A história pode ser interessante pelo menos, vamos esperar estrear e ver no que vai dar.” Agora eu posso dizer, ainda bem que as minhas expectativas já estavam baixas.
É impressionante como durante todo o episódio o mesmo ritmo se manteve, pouquíssimos diálogos, nenhum contexto durante o decorrer das cenas e a maioria do tempo de tela focado mais nas performances dos coadjuvantes do que no protagonista em si. Essa falta de informações para o espectador tornou a experiência extremamente maçante e confusa, um exemplo disso é o personagem principal da história se apresentar durante o seu primeiro diálogo que acontece após 14 minutos de episódio.
Além disso, a falta de surpresa e a fácil aceitação de Ange Yuki (o protagonista) perante todos aqueles acontecimentos repentinos nos faz questionar se dentro daquele universo, coisas como vampiros cantores e pessoas voando é algo corriqueiro. A superficialidade com que os personagens da trama nos são apresentados, a escassez de informações e a quantidade exorbitante de canções me faz questionar se estou assistindo um anime ou um grande clipe musical de 24 minutos de duração.
Apesar do que citei anteriormente, a trilha sonora deste episódio é uma das poucas coisas que se pode elogiar, até por que isso foi algo no qual o estúdio mais focou, o mínimo preciso era sair uma música bem produzida. Os atores de voz deram um verdadeiro show em suas apresentações musicais, é perceptível o profissionalismo. E preciso assumir, a estética e musicalidade baseadas no estilo J-Rock emo/gótico dos anos 2000 me conquistou pela nostalgia.
Agora sobre a direção. Como disse anteriormente, você se sente assistindo um grande clipe musical de 24 minutos, os constantes insertes rápidos de transações e cortes juntamente com as legendas estilizadas surgindo durante as cenas de “espetáculos musicais” te passam essa impressão. Além disso, não preciso comentar o quanto a direção falhou no quesito “montagem de episódio”, o ritmo caótico, a falta de diálogos e o enredo sem pé nem cabeça já deixa isso explicito.
A animação pode acabar dividindo opiniões, pois apesar da fluidez de movimento, da linda paleta de cores, cenários e efeitos, o uso gritante do 3D repentinamente pode causar certa estranheza no público.
Sinopse:
Ange Yuki é um menino que não se adapta ao ambiente que o cerca e tem uma forte sensação de solidão dentro de si. Quando está sozinho, ele deixa sua cidade natal para visitar Harajuku, cidade onde vivem atualmente os artistas que ele admira. Durante uma de suas viagens ele presencia uma batalha ao vivo entre as unidades de Visual-Key “ECLIPSE” e “LOS † EDEN”. Deve-se destacar que o Visual-Key é uma tendência que, embora abarque muitos tipos diferentes de música, todos têm uma coisa em comum: o cuidado escrupuloso com o visual, a aparência. Enquanto se sentia oprimido pela performance enérgica no palco, Ange é repentinamente atingido por uma forte dor e, a partir daquele momento, a sua vida estava prestes a mudar…
Expectativas:
Acredito que Visual Prison será uma grande decepção para os que estavam ansiosos pelo seu lançamento. Até mesmo para os fãs de musicais, a obra exagera na parte da música (que apesar de boa se torna cansativa) e esquece do enredo. Espero que a equipe de roteiristas juntamente com o diretor encontrem um melhor melhor caminho para equilibrar e separar o “clipe musical” do enredo.
Obrigada pela resenha não gosto muito do gênero musical, mas gosto de vampiros. A minha impressão foi a mesma, muito massante.