Ficha Técnica – Non Non Biyori Nonstop
Gênero: Slice of Life, Comédia, Escolar.
Estúdio: SILVERLINK.
Origem: Mangá
Data de Estreia: 11 de janeiro (Japão)
Non Non Biyori não para… após aproximadamente 6 anos da estreia da segunda temporada, Repeat, a SILVERLINK (Maou Gakuin no Futekigousha: Shijou Saikyou no Maou no Shiso, Tensei shite Shison-tachi no Gakkou e, Death March, Strike the Blood) nos presenteia novamente com Nonstop.
Falando de Non Non Biyori num aspecto geral, dispondo de um caráter bem interiorano, pode-se dizer que o principal atrativo do anime é justamente seu diferencial e a forma como as coisas fluem de forma tão bem detalhada. Sendo a obra ambientada no campo, esta tem por característica conduzir de forma única aspectos inusitados com base na simplicidade e interação entre as personagens. Outro traço nítido na série é o destaque do autor em relação às paisagens (visualmente o anime chama atenção), quem assiste tem a sensação de estar realmente envolvido e imerso de forma bem relaxante, mas não a ponto de se tornar monótono. Construída com base não só em todos estes elementos mas, dispondo inclusive de uma trilha sonora suave que se encaixa perfeitamente, Non Non Biyori traz ao público a fórmula perfeita de como espairecer instrutivamente independente do seu estado de espírito.
A vida “rústica” e caseira pode ser divertida apesar de seus obstáculos…”nadando contra a maré”, o foco do anime é valorizar de forma eficaz o que está a nossa volta (não só em relação à natureza), mas também saber ter empatia e enxergar as necessidades do próximo; o que pode ser essencial quando se objetiva solucionar problemas… mesmo que estes possam não ser tão “graves” assim. De forma bem humorada e com senso de cooperação, é desse modo que as personagens se relacionam, cada qual com sua autenticidade.
Outro ponto que acredito ser interessante aqui é que muitas vezes a inteligência está antes de tudo atrelada apenas ao conhecimento acadêmico. Muito pelo contrário, estas quatro garotas, apesar de serem crianças, viverem “isoladas” e não disporem muitas vezes de certos recursos, em termos de comportamento elas não possuem preconceitos de idade, malícia ou interesse. Sabem se virar muito bem e, com a maturidade natural para cada faixa etária, muitas vezes as mesmas não têm receio nem falta de disposição diante de certas situações, e são sim muito espertas… a única diferença é que esse tipo de “esperteza” está relacionado ao mundo, ao contexto, à realidade na qual as meninas vivem e estão inseridas, apenas isto já basta para elas.
O elenco em si basicamente é composto pelas irmãs Koshigaya: Komari e Natsumi. Enquanto Komari se mostra responsável e zela pelos amigos”, Natsumi é “Divertida e despreocupada, ela gosta de pregar peças em outras pessoas, responde à mãe e se sai mal na escola. Ela geralmente tenta escapar dos problemas colocando a culpa em alguém, ou em alguma coisa. A “menorzinha” e icônica Renge, “a irmã mais nova de Kazuho e Hikage. Ela geralmente age de acordo com a sua idade, sendo muito precoce e curiosa, mas geralmente é mostrada em branco e sem expressão, o que a faz parecer misteriosa e incompreensível. Apesar disso, ela é bastante amigável e afetuosa. Ela sempre é vista com seu gravador e gosta de dar apelidos aos amigos. Ela também é talentosa no desenho e tem um bom desempenho na escola.”
Contudo, sem dúvidas, a personagem com a qual mais me identifico em Non Non Biyori é Hotaru Ichijou, a estudante transferida de Tóquio para a Asahigaoka Branch School. Inicialmente Hotaru acha estranho, mas logo passa a se divertir com as outras colegas. A verdade é que não é fácil deixar a vida da cidade, principalmente se tratando de metrópoles (como São Paulo no meu caso) e ir “morar no sítio”. São mundos completamente opostos. Tudo parece tão difícil no começo (inclusive o ritmo das coisas) mas, acredito que a “chave para a felicidade” seja exatamente fazer amizades, tendo humildade e boa vontade, com esforço e prática chega uma hora que o que era visto como obstáculo se torna algo natural, consequentemente passa-se a enxergar as coisas com outros olhos. É questão de saber respeitar e tentar ser minimamente flexível. A verdade é que tudo tem seus prós e contras… Qualidade de vida não é apenas estar cercado da modernidade e tecnologia.
Sobre o primeiro episódio: A opening fica por conta da música Tsugi wa Gimoyou, interpretada pela dupla japonesa nano.RIPE; enquanto a ending traz o tema Tadaima, interpretado pelas dubladoras Kotori Koiwai, Rie Murakawa, Ayane Sakura e Kana Asumi. Na minha opinião, ambas combinam em termos de estilo com o tema proposto.
Visualmente a essência é a mesma: o tipo de desenho (um dos meus preferidos) praticamente não mudou. Foco na rotina pacata do campo; tudo começa com belas paisagens, muito mato, carrapichos, plantações, muitas árvores, alguns bichos (como borboletas e vacas), riachos e lagos… ok, bem de vez em quando tem um carro passando na estrada…
Além disso, a sonolenta e engraçada Kazuho “Nee-nee” Miyauchi ainda é a professora (apesar de sempre tirar seus famosos e duradouros cochilinhos bem no meio das aulas).
Carregando o título de “Toquei a música do sapo”, no primeiro episódio, acompanhamos a caminhada de Renge-chan com sua flauta até o ponto de ônibus, onde ela acaba se encontrando Konomi. Com ambas já dentro do “busão” em direção à escola, Renge relata a Konomi que está com dificuldade em relação à tocar a nota “dó”, o que aliás vem atrapalhando-a durante as aulas de música. Konomi então se disponibiliza a ajudá-la: “Quer treinar junto comigo lá em casa um dia desses ??”
Apesar de Renge ter guardado essas palavras e aparentemente estar disposta a treinar firmemente, ela agora arrumou uma nova distração: fazer bonecos com palitos de dente e fita.
Agora, já na segunda parte do episódio, acompanhamos mais de perto a nova personagem e também tocadora de flauta Akane Shinoda. Assim como Renge-chan, Akane também apresenta dificuldades em relação ao instrumento e sente-se insegura em participar do grupo de frente. Enquanto treinava sozinha em uma das salas, Akane percebe que o som ainda não está bom, e só fica pior quando ela toca na frente de outras pessoas pelo fato de ficar nervosa. Consequentemente, a personagem se sente envergonhada em chamar alguém para praticar junto. “Talvez seja impossível uma pessoa como eu participar de uma orquestra.”
Por sorte, Konomi logo aparece de forma repentina na sala e encontra Akane por acaso. As duas começam a dialogar até que Akane relata seu “problema”. Novamente, Konomi se apresenta então para ajudá-la e, por fim, fica combinado de ambas treinarem juntas no final de semana.
Chega então o dia do treinamento. Para Akane foi bem constrangedor chegar até a casa de Konomi tendo como guia Renge Miyauchi (principalmente após a estranha cena do sapo japonês). Mas, tudo deu certo no final das contas e estão todas as três reunidas. O dia passa e, agora com o treinamento já realizado, o que fica pós despedida é não só a promessa de mais treinamentos, como também uma espécie de “presente” de recordação para Akane. Um carrapicho dado por Miyauchi que ela deverá guardar com carinho.
Sinopse
“A cidade de Asahigaoka pode ser um tanto típica e entediante para a maioria; No entanto, nenhum dia neste local pode ser considerado amargo graças à presença de cinco alunas de diferentes idades que ocupam a única turma da única escola da cidade.
A menor aluna é Renge Miyauchi, do primeiro ano, que traz curiosidade e inteligência e seu bordão: “Nyanpasu!” Depois, há os irmãos Koshigaya que são, o silencioso aluno da nona série e o irmão mais velho Suguru, a pequena Komari da oitava série e a travessa Natsumi da sétima série. A recém-chegada do quinto ano Hotaru Ichijou, que parece ser superdesenvolvida para sua idade e possui um ar de maturidade, completa este grupo animado e vibrante de cinco colegas de classe.”
Expectativas
É das melhores. Não tenho do que reclamar. Muito pelo contrário, como já mencionado anteriormente me identifico com o anime e realmente torço para que o mesmo continue fazendo muito sucesso. Acompanho a série desde sua primeira temporada e, até hoje acredito que a mesma atenda perfeitamente ao propósito. Não deixa nada a desejar. Então, que a obra mantenha sua ótima receptividade e que tenha ainda muito mais por vir daquilo que tanto amamos ao longo desses anos.
Eu tô adorando, principalmente por que fala de flauta transversal.