Continuando as comemorações do 20° aniversário dos queridos monstrinhos, a Bandai Namco Entertainment lança Digimon Story Cyber Sleuth: Hacker’s Memory, o mais novo capítulo da franquia Digimon Story para PlayStation 4 e PS Vita;; trazendo de volta o bom e velho RPG com batalhas em turnos. E uma história madura e envolvente sobre um crime cibernético.
Retorno ao Eden
Primeiramente, temos de entender que tais acontecimentos em Hackers’s Memory acontecem paralelamente ao game de 2016; o qual é intitulado apenas de Digimon Story: Cyber Sleuth. Então não se assustem ao encontrar personagens e lugares já conhecidos do futurístico Japão. O qual possui um Ciberespaço denominado Eden, onde permite aos usuários entrarem “mentalmente” a este mundo virtual e interagirem.
Mas como não poderia ser diferente de outros meios de conexões, hackers também vagam causando problemas a este espaço.
E diferentemente de seu anterior, onde era possível escolher jogar com Takumi Aiba ou Ami Aiba. Em Hacker’s Memory, assumimos o papel de Keisuke Amazawa; um jovem que acaba sofrendo um ataque dos hackers, além de ser acusado de um crime que não cometeu. Sendo assim, sua única saída é se aliar a um grupo de Hackers com o intuito de descobrir o verdadeiro culpado e, de quebra, tirar uns “trocados”.
Enredo maduro e jogabilidade envolvente
Pensando nos fãs de longa data da franquia, os quais já tem uma certa idade agora, a Bandai Namco adotou um enredo mais maduro. Mencionando diversos “problemas virtuais” (quebra de dados, criptografia, firewall…) de modo sutil, mas interessante a ponto da história não se tornar maçante pelos constantes diálogos os quais desenrolam a situação. Além de trazer jovens personagens carismáticos e que se diferem por suas personalidades.
Quanto a jogabilidade, as batalhas são desenvolvidas em turnos, podendo escolher entre ataque, defesa, habilidade e até combinar habilidades entre os digimons. Uma boa sacada da Bandai, foi deixar a sequência dos personagens na lateral direita, possibilitando melhores estratégias, combinações e até uma melhor visão do embate.
E não para por ai. O game trouxe, novamente, o Digifarm; local onde fiquei mais tempo jogando, já que neste é possível acessar masmorras, batalhar contra jogadores em “ranqueadas” ou mesmo evoluir digimons. Este último, um caso a parte, pois a nostalgia bate à tona em cada digievolução. E as possibilidades não são poucas, já que é possível recrutar desde o WarGreymon, até a geração do Agunimon e o novíssimo Zubamon em um catálogo de mais de trezentos.
Um Digimundo necessitando de retoques
Contudo, algumas melhorias poderiam ter sido incluídas nesta sequência; pois trariam uma jogatina mais dinâmica. Como a possibilidade de pular as falas já vistas. Uma vez que, é necessário as ler novamente quando há um “game over” ou o carregamento do “save game”. E a inclusão de uma câmera 360 graus, pois no Eden e nas dungeons, a câmera fixa dificulta a exploração de itens e até de saber o que esta por vir.
Uma boa opção também, seria liberarem um patch com tradução para o português. Já que todo o game tem diálogos em japonês com legendas em inglês. Não que isto atrapalhe absurdamente, mas os menos fluentes podem ter problemas na questão de onde ir e vir, além de dificultar o entendimento do enredo pelos diálogos.
Conclusão
Com uma história madura, novos personagens carismáticos. Além de uma quantidade quase que absurda de “monstrinhos”. Digimon Story: Cyber Sleuth Hacker’s Memory chega como uma boa opção aos fãs da franquia e amantes de RPG’s em turnos. Contudo, alguns detalhes, entre os principais, a falta de tradução para o português e o valor atual de mercado, podem tender os mais indecisos a escolher outros títulos de maior renome.
Esse artigo foi elaborado com base em uma jogatina de quatro horas e meia na plataforma PlayStation 4.
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