Preview: Mahoutsukai no Yome

Mahoutsukai no Yome

Gênero: Slice of Life, Magia, Fantasia e Shounen;
Direção: Norihiro Naganuma (Blood-C);
Estúdio: Wit Studio (Shingeki no Kyojin, Koutetsujou no Kabaneri, Owari no Seraph);
Estreia: 08/10/2017.

Sinopse

“Chise Hatori viveu uma vida preenchida pela negligência e pelo abuso, desprovida de qualquer resquício de afeto. Longe do calor familiar, ela teve a sua quota de problemas e armadilhas. Apenas quando toda a esperança parece perdida, um fatídico encontro surge na vida dela. Quando um homem com a cabeça de monstro, detentor de estranhos poderes, a obtém através de um leilão de escravos, a vida de Chise muda radicalmente.
O homem é um “mago”, um feiticeiro com um imenso poder, que decide libertar Chise das correntes do cativeiro. O mago, em seguida, faz uma declaração ousada: Chise vai se tornar sua aprendiz… e sua noiva!”

O que podemos ver no primeiro episódio

Mahoutsukai entrega um belíssimo primeiro episódio fazendo jus ao hype criado tanto pelos PV, quanto pelos OVAs divulgados anteriormente, e isto em todos os aspectos.

O tema de abertura, intitulado de “Here” por JUNNA, inicialmente passa toda a solidão e angústia a qual a personagem principal esta passando, seja esta demonstrada pela dança, pela sua letra sofrida ou mesmo pelo tom de coloração apagado, até que o ápice da música vem a tona trazendo o mago e, como se todos os problemas fossem resolvidos com apenas a sua presença, a abertura ganha vida, cores, e tudo a visão da protagonista passa a fazer sentido…

Já o encerramento, o qual é intitulado de “Wa -cicle-“ por Hana Itoki, tecnicamente é simples e fraca pois traz cenas estáticas, mas sua simplicidade em mostrar um pouco do cotidiano de Chise e o quanto ela parece estar feliz em finalmente ter um lar acaba ganhando graça por isto, além de estas serem acompanhadas de uma mas que, ao contrário de sua abertura, não demonstra sofrimento.

Quanto ao episódio em si, o mesmo tecnicamente é um vislumbre aos olhos, além de ser bem desenvolvido e com personagens que já no primeiro momento você consegue se apegar, mas nada é mostrado diretamente ao telespectador.

Elias, o mago dos espinhos, pode ser entendido no leilão por boa parte dos que o encontram, sejam eles humanos, semi-humanos, ou criaturas, como um ser temível e de grande poder, mas, com o decorrer do episódio, podemos perceber seu humor sarcástico bem como sua simplicidade e humildade, seja elas demonstradas pela sua simples hospedagem com um ar Arcadismo da época Vitoriana (Séc XIX) ou mesmo em seu tratamento com Chise e todos ao redor.

Já a “Cachorrinha” de Elias, a qual inicialmente é vista como insegura, triste e apenas uma oferta do leilão, tendo seu sofrimento e poder revelados em cortes de seu passado, vai ganhando forças para seguir em frente conforme o episódio passa, além de entender que pode confiar e depender do mago.

Da metade do episódio em diante, o universo do anime é explorado mostrando toda a sua riqueza e detalhes, em principal pelos seres místicos como as traiçoeiras ninfas e a ave fênix do grande mago. Contudo, este, junto a curiosidade e inocência da protagonista, acabam sendo os pontos usados pelas ninfas a atraírem a adentro da floresta onde acaba entrando em grande perigo mas, por ter finalmente encontrado uma família, recobre a consciência se salvando. No entanto, tudo isto estava sendo observado pelo grande mago o qual já imaginava que isto iria acontecer, e vendo sua “cachorrinha” conseguir lidar daquela maneira, termina o episódio afastando as criaturas e posteriormente, com a certeza de que Chise é a pessoa certa, a faz uma confissão que choca não só a ela mas a todos os que assistem…

Expectativa

Estreando de maneira exímia, Mahoutsukai não só consegue deixar-nos curiosos para saber o que mais o universo do anime pode oferecer, como nos intriga a saber a que ponto a relação amorosa entre mestre e escravo pode ir. Certamente se conseguirem manter o ritmo deste início bem como o desenvolvimento do romance e com ganchos que nos choquem, certamente será um dos melhores da temporada…

Nota: 4,5/5,0