Btooom!, escrito por Jun’ya Inoue, é, sem sombra de dúvidas, uma daquelas histórias que podemos afirmar que não é para crianças, tampouco para adolescentes. Já em sua lombada, a editora JBC, que foi responsável pela publicação da obra no Brasil, deixa bem claro que é um mangá para maiores de 18 anos. Isso porque a obra contém muita violência explícita e cenas de sexo. Mas vamos adentrar esse mundo de Btooom! e entender um pouco mais sobre o que se trata.
Ryoota Sakamoto e o Btooom!
Ryoota Sakamoto é um desempregado de 22 anos que mora com a mãe. Ele é um cara totalmente desiludido com a vida e um estorvo para sua família. O fato dele ser uma espécie de incômodo não é pelo simples fato de ser desempregado por motivos de falta de oportunidade no mercado de trabalho, mas sim porque ele não faz questão nenhuma de sequer procurar.
Por ter ciência de que no mundo real ele não passa de mais um frustrado e fracassado na vida, ele dedica suas horas do dia em um jogo online, onde é considerado um dos melhores jogadores do planeta, o Btooom!. Esse jogo virtual basicamente se tratava de um famoso FPS, mas ao invés de armas, era utilizado vários tipos de bombas.
A história desse mangá de fato se inicia quando, em um determinado dia, Ryoota acorda no que parece ser uma ilha tropical, porém não lembra como ou porque foi parar ali. Enquanto explorava a praia, Ryoota avista alguém e chama por socorro. Intempestivamente, o estranho responde à Ryoota lançando uma bomba nele.
É quando cai a ficha para Ryoota, e ele percebe que sua vida corre perigo, e que está em uma versão da vida real de seu jogo preferido. O grande objetivo é tentar entender como ele foi parar ali e os principais responsáveis por tal armação.
Não existem aliados neste jogo (ou existem)
O que é mais sobressalente nesta história, com certeza são as personalidades de cada personagem apresentado. Cada um mais sádico do que o outro. Dificilmente será encontrado alguém ali que tenha uma sanidade mental boa, afinal todos foram jogados numa ilha sabe-se lá onde e sem nenhum propósito.
O objetivo ali dentro é claro: matar para sobreviver. Cada personagem possui uma espécie de artefato na palma de sua mão. Serve tanto para localizar outros jogadores, como também uma porta de saída dessa ilha.
Enquanto alguns buscam salvar a própria pele e se omitir em relação a certos conflitos, outros querem justamente ver o sangue sendo jorrado. E em alguns momentos da história é possível ver algumas alianças sendo formadas para que, juntos, possam atacar outros participantes e coletar o artefato na mão deles. Mas, claro, a tendência disso é cair na ruína. A cobiça começa a falar mais alto e essas alianças logo se desfazem com o tempo.
No entanto, ainda há aquelas pessoas que se reúnem em prol de sobreviver matando o mínimo de pessoas possível, o que parece ser uma utopia neste cenário distópico. Mas aparentemente funciona. Dentro do Btooom! é cada um com suas estratégias, a que melhor servir, está valendo.
Atenção! Muita violência à vista
O ponto mais forte de Btooom!, é a violência exacerbada. Este mangá talvez seja um daqueles segmentados, que possui um público-alvo. Por se tratar de uma temática pesada, pode acabar não agradando a todos os públicos. Suas fortes cenas de violência podem causar mal estar em determinadas pessoas.
Quando digo cenas fortes, realmente são cenas pesadas, como decapitação de cabeça, sangue jorrando, crueldade e tudo que você possa imaginar de negativo. São aspectos negativos que podem afastar alguns leitores, mas que não podem ser deixados de serem comentados, afinal é a temática do mangá.
Afinal, Btooom! passa alguma mensagem?
Em um determinado momento da história, entendemos o porquê de todas aquelas pessoas estarem ali. Algumas porque eram consideradas preguiçosas e mereciam uma lição, outras por simplesmente serem pessoas descartáveis para a sociedade. Ressaltar a real mensagem deste mangá é complexo.
Talvez uma espécie de purgatório ou mesmo uma condenação pelos pecados cometidos enquanto um cidadão. O fato é que é perceptível que algumas pessoas que entraram ali, em especial Ryoota, não sairão da mesma maneira. O fato de estar em constante perigo e ter que lutar pela vida acaba colocando as coisas em perspectiva. E talvez isso seja o mais importante.
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