E finalmente tivemos o lançamento de My Hero Academia – 2 Heróis no Brasil, com direito a dublagem. Hoje iremos falar um pouco justamente desse processo de dublagem, do elenco, da direção e algumas curiosidades.
Sobre o filme:
Sinopse: ”Após o fim das provas finais, os membros da U.A. partem para uma viagem escolar durante as férias de verão. Porém, antes que eles consigam viajar, All Might e Deku aceitam um convite de alguém para ir a uma cidade móvel e flutuante conhecida como “I-Island”. Todos os pesquisadores do mundo, tanto do Leste quanto do Oeste, estão nesse local, conhecido como a Hollywood da Ciência — onde eles conseguem pesquisar habilidades especiais e itens suplementares em um evento, que vai acontecer nessa ilha. Lá, Deku vai conhecer uma garota sem individualidade, chamada Melissa. Deku vai se identificar com ela por conta da época em que ele era assim. Nesse tempo, apesar de a ilha ter uma muralha de metal por motivos de segurança, um vilão consegue hackear o sistema e todos os cidadãos da ilha são pegos como refém.”
Data de Lançamento: 03/08/2018 (Japão) e 08/08/2019 (Brasil).
Sobre a Dublagem:
Estúdio de Dublagem: UniDub
Direção de Dublagem: Úrsula Bezerra
Elenco de Dublagem:
- Midoriya Izuku/Deku: Lipe Volpato;
- All Might: Guilherme Briggs;
- David Shield: Marcelo Campos;
- Melissa Shield: Jacqueline Sato;
- Wolfram: Glauco Marques;
- Katsuki Bakugo: Fábio Lucindo;
- Eijirō Kirishima: Heitor Assali;
- Shoto Todoroki: Robson Kumode;
- Ochako Uraraka: Priscilla Concepcion;
- Momo Yaoyorozu: Fernanda Bullara;
- Kyoka Jiro: Flora Paulita;
- Tenya Iida: Felipe Zilse;
- Denki Kaminari: Vágner Fagundes;
- Minoru Mineta: Yuri Chesman;
- Amplifier: Gabi Xavier;
- Tsuyu Asui: Vii Zedek;
- Mina Ashido: Tatiane Kelpmair;
- Hanta Sero: Leonardo Kitsune;
- All For One: Luiz Antônio Lobue.
No elenco de dublagem tivemos grandes nomes para grandes personagens, na dublagem do filme, destaco os ótimos desempenhos e uma ótima combinação nos personagens: Katsuki Bakugo (Fábio Lucindo), Kirishima (Heitor Assali), Jiro (Flora Paulita), Tenya Iida (Felipe Zilze), Momo (Fernanda Bullara), Mineta (Yuri Chesman), dentre outros personagens da turma 1-A que ficaram bons, mas que não participam muito do filme.
No All Might e Deku tivemos bons desempenhos, mas talvez esperasse um pouco mais, Gulherme Briggs tem uma voz que combina bastante com All Might, mas acredito que poderia ter deixado a voz um pouco mais grave, principalmente na hora de alguns golpes. Na versão normal do personagem por outro lado, tivemos uma combinação perfeita.
O Deku do Lipe Volpato poderia ter tido um pouco mais de emoção em alguns momentos, mas assim como o Brigss casou com o personagem, só faltou um ‘’up’’ nesses momentos para ficar perfeito.
O Todoroki na versão do Robson Kumode senti que faltou buscar uma voz para o personagem, dando a entender que faltou esforço em fazer uma voz específica que marcasse e fizéssemos dizer “esse é o Todoroki”, deixando mais a impressão de um Sasuke Uchiha (personagem marcante do dublador).
Nos personagens exclusivamente do filme, tivemos o Marcelo Campos no David Shield e o Glauco Marques no Wolfram, ambos tiveram ótimos desempenhos.
Mas nem tudo são flores, tivemos uma escalação bem equivocada numa personagem que todo mundo ama, a Ochaco Uraraka (Princilla Conception). A Priscilla Concepcion, apesar de excelente e experiente dubladora, possui uma voz madura, enquanto a personagem pede uma voz suave e doce, essa com certeza foi a escalação mais equivocada e que gerou mais polêmica no mesmo.
Para piorar tivemos uma Melissa Shield na voz da inexperiente Jacqueline Sato, que apesar de atriz e cantora, não é dubladora profissional, deixando na maior parte do filme a personagem sem a emoção esperada, e por se tratar de uma grande personagem, isso só fica mais evidente.
Outro detalhe é que o sobrenome Sato não é uma coincidência, ela é filha do dono da Sato Company (distribuidora do filme no Brasil), deixando a situação ainda mais polêmica, passando a impressão de que claramente foi uma exigência e não uma escolha da diretora. Além disso, tivemos também alguns youtubers que com certeza não seriam as primeiras escolhas da diretora para o elenco, ainda que alguns deles tenham se saído muito bem.
Na direção tivemos a Úrsula Bezerra, na minha opinião a melhor diretora para animes do Brasil diga-se de passagem, e que fez excelentes trabalhos como em Mob Psycho 100, Fullmetal Alchemist Brotherhood, dentre outros. Mas até os melhores erram de vez em quando, infelizmente isso aconteceu no filme, tivemos alguns erros providenciais, o maior deles a escalação da Uraraka.
Conclusão:
O filme como um todo teve uma boa dublagem, mas com alguns problemas que não passam batido. Além disso tudo, tivemos muitos problemas em seções do mesmo pelo Brasil, problemas com áudio, falhas técnicas, dublagem ao invés de legendas e vice-versa e assim por diante. A distribuição do filme também não foi lá muito boa, seções limitadíssimas, deixando grandes redes de cinema de fora.
Depois de tudo, ”vale a pena assistir à versão dublada do filme?” A resposta é sim, até então, o anime nunca tinha recebido dublagem e por mais que tenhamos visto alguns defeitos, vimos também ótimos desempenhos, e que com certeza podem melhorar.
E claro fica aquela pergunta, será que veremos o anime dublado por aqui um dia?! Espero que sim, só espero menos interferência da Sato no processo, talvez assim tenhamos menos erros, além disso esperaria uma evolução ou até mesmo troca na personagem Uraraka para uma melhor experiência.
Fato é que não imaginávamos que veríamos o filme por aqui, mas veio através de uma parceria da Sato e a Funimation, então quem sabe essa parceria não acontece com o anime também, fica a esperança disso acontecer no futuro (breve).
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