E aí, galera. Welerson aqui novamente. Desta vez falaremos sobre Boa Noite Punpun (Oyasumi Punpun) e os inúmeros sentimentos que esta obra pode despertar naqueles que o lerem. Preparados?! Então vamos lá!
Impressões iniciais sobre a obra:
Boa Noite Punpun, mangá que atualmente começou a ser produzido pela editora JBC, mais especificamente no dia 21 de dezembro de 2018, foi um dos primeiros mangás que cheguei a ler do início ao fim, o que, posteriormente, o faria ser uma das minhas obras preferidas. A história é escrita pelo mangaká Inio Asano e traz consigo as mais diversificadas questões sociais enquanto o desenvolvimento de um indivíduo na sociedade. Com certeza que, esta obra, mexe bastante com o psicológico daquele que a lê. Ao mesmo tempo que o plot te envolve e te faz querer entender cada situação, cenário, objetivo dos personagens, ele também te faz não querer saber muito. É quase um paradoxo. A medida em que o leitor se debruça na história e busca, com detalhes e sutileza, entender todo o contexto, um certo desconforto mental é trago a tona, porque é isso que este mangá é: questões complexas individuais e coletivas, crise de identidade, evolução espiritual. Tudo o que norteia uma vida real, em suas circunstâncias mais sinceras.
Sinopse da história:
Temos, então, nosso protagonista, Punpun Onodera. O objetivo do plot é fazer com que acompanhemos o desenvolvimento deste garoto que tem uma representação um tanto diferenciada. A forma que PunPun é retratado não tem nenhum motivo aparente, apenas uma ideia viajada de Asano. Todavia, quando se imagina um personagem, ou melhor, um protagonista de uma determinada história, a última coisa que viria a cabeça seria uma espécie de pássaro. Talvez esta tenha sido uma das sacadas geniais de Asano. Representar algo nunca antes visto. Talvez isso tenha chamado a atenção e trago a pessoa, inicialmente não pela história, mas pelo personagem que, com sua história, acabou conquistando o leitor.
PunPun é mais um menino comum que está no fundamental e sofre dos mesmos problemas enfrentados pelos garotos de sua idade: amores, frustrações, puberdade. O real problema acontece quando em um determinado dia, seus pais acabam brigando e o pai de PunPun agride sua mãe. Ela acaba tendo que ser levada para o hospital e seu pai é sentenciado à prisão, deixando Punpun na guarda de seu tio.
A falta de diálogos do personagem
Talvez vocês não tenham percebido, mas Punpun nunca falou algo. Digo, Punpun nunca se expressou diretamente, assim como a grande maioria dos outros personagens. Sempre que havia alguma fala de Punpun, sempre aparecia num formato de pensamento, em muitas das vezes num balão preto. Quando não era representado desta forma, havia sempre um narrador em terceira pessoa contando os eventos da vida de Punpun. Além de sua caracterização atípica, ele também não falava diretamente com as pessoas. Isso dava uma ideia de introspecção. O que, se olharmos bem, não foge do tema, já que Punpun nunca foi muito de se abrir com as pessoas e, após o incidente com seus pais, isso se potencializou ainda mais. Enfim, é apenas mais um comentário interessante sobre a obra que talvez tenha passado em branco.
O primeiro amor de Punpun Onodera:
O primeiro amor de PunPun foi Aiko Tanaka, uma garota bonita que havia acabado de ser transferida para a escola. De alguma forma, esse sentimento também foi despertado em Aiko, que acabou também gostando de PunPun. O que teríamos, vários volumes à frente, uma incrível e estranha relação amorosa. Devo dizer que, aparentemente, a história desses dois personagens tinha tudo e, ao mesmo tempo, nada para dar certo. O objetivo aqui não é propagar spoiler, mas o que posso adiantar é que essa relação é uma das mais bizarras e amorosas que eu já presenciei em histórias de mangás. Quando se leva em consideração o autor, logo já dá para tirar uma pressuposta conclusão de que realmente “aquilo” poderia acontecer. Embora Punpun ame muito Aiko e vice-versa, esse amor torna-se extremamente doentio e obsessivo.
Considerações finais:
O fato é que discorrer sobre a história dessa obra, em palavras, chega a ser um insulto. A complexidade de Boa Noite Punpun é tamanha, que não há como expressar todos os sentimentos despertados no leitor enquanto se debruça em cada capítulo do mangá. O envolvimento com questões familiares, amorosas, sobre complexos e também sobre existencialidade, tornam a trama mais detalhista e com um teor mais importante, requisitando uma análise mais profunda sobre tudo que é abordado. Acredito que o ponto principal está focado no crescimento de Punpun, afinal, essa é uma das categorias do mangá. Acompanhar a trajetória de vida do personagem e de todas ao seu redor é o que torna a história interessante. Saber o que cada um desejou e o que acabaram se tornando na realidade. Quais os efeitos que surtiram no futuro com as opiniões que tomaram no passado. Todas essas coisas devem ser levadas em consideração.
Há quem odeie e quem ame, ambas pelo mesmo motivo: a história. Mas o fato é que é irrefutável que Boa noite PunPun é um grande trabalho, demasiado representativo, trazendo à tona muitas questões reais de pessoas comuns que não são muito vistas em obras ficcionais. Arrisco a dizer também que essa é uma inefável obra, se não um dos melhores trabalhos já realizados por Inio Asano.
Dados técnicos do mangá:
O mangá publicado no Japão e nos Estados Unidos possui 13 volumes, já aqui no Brasil a obra está sendo disponibilizada pela editora JBC, no formato BIG, adaptando dois volumes em um, o que reduziu o número de encadernados. Ao total serão 7 volumes. Quanto ao mangaká, Inio Asano também é responsável pelas icônicas obras Solanin, Nijigahara Holograph, Dedede Destruction.
E aí?! O que achou de Boa Noite Punpun? Já conhecia? Se não, este post aguçou seus desejos de querer ler? Deixa nos comentários, queremos saber de você.
deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.
0 thoughts on “Review: Boa noite Punpun, você nunca viu nada igual O mangá, aqui no Brasil, está sendo publicado pela editora JBC”