Chain Chronicle: Haecceitas no Hikari
Gêneros: Ação/Aventura/Fantasia/Shounen
Direção: Masashi Kudou
Estúdios: Telecom Animation Film; Graphinica
Estreia: 08 de janeiro de 2017
Sinopse
“Yggdra é um continente dividido em diversas áreas, em que cada localidade é comandada por um rei. Apesar dos pequenos conflitos entre as nações, os líderes alcançaram o consenso para manter a paz e o equilíbrio. Esse cenário de harmonia é desfeito com a chegada do Exército Negro. Após vencerem batalha contra o Exercito de Voluntários (Aliança entre as nações), Yggdra entra em período de escuridão, sob o comando do Rei Negro”
***O anime para televisão é uma adaptação do game Chain Chronicle, desenvolvido pela SEGA.
Historia 6/10
O episódio de estreia é basicamente dividido em duas partes: o clímax da guerra entre o Exército Negro e a Aliança, seguido pelas consequências do embate. Confesso que essa ferramenta de construção do roteiro não me agradou, pois acredito que o ‘telespectador’ foi imerso em um ambiente do “tudo acontece, mas pouco se entende”.
A trama se ambienta em um continente dividido em diversos reinos, porém nos deparamos com aspectos superficiais sobre as nações. Em meio às batalhas e diálogos, surgem muitas dúvidas e não há a certeza de que serão esclarecidas. Por exemplo, detalhes do relacionamento entre os reis (período anterior ao conflito), negociações para a criação da Aliança, chegada do exército antagonista a Yggdra e a motivação para um dos protagonistas (Yuuri) encabeçar o Exército Voluntário.
Avalio o ‘confronto final’ como um dos ‘ponto chave’ neste universo, visto que mostrou a diferença ‘meteórica’ referente a força de combate dos envolvidos. O Rei Negro mostrou-se muito superior aos adversários e aparentemente não sofreu danos com o ataque final de Yuuri. Além disso, a cena posterior traz situação que pode ser determinante para os rumos da trama: o possível parentesco entre o ‘vilão’ e Phoena (pai e filha), além da importância do Chain Chronicle (livro) e da fada Pirika, para a harmonia do mundo.
A segunda parte do episódio nos revela o segundo protagonista – Aram. Não demora até manifestar-se um ‘defensor dos oprimidos’, principalmente ao defender determinada senhora de um ‘grandalhão’. Paralelo ao momento, os cavaleiros seguem rumo as suas respectivas áreas e grupo específico passa a confrontar o Exército Negro. Eis que Yuuri e Aram se cruzam, encontro que deverá seguir até o final da adaptação em série animada.
Chain Chronicle se passa em ambiente medieval e contará com 12 episódios. É possível que essa limitação deixe diversos ‘pontos soltos’ na linha da história e comprometa o engajamento dos adeptos da produção. Aos ‘desavisados de plantão’, a franquia ainda recebe adaptação em três filmes. O último será lançado em fevereiro.
Personagens 6/10
Como dito no tópico anterior, a superficialidade também alcançou a caracterização das personagens. Yuuri é um típico representante Shounen. Profere frases de impacto (“nunca vou desistir” e “não cabe a você decidir o destino”), mantêm forte senso de justiça e vontade acima de tudo. Basicamente, ele não problematiza as escolhas e tenta viver ao lado do ‘correto’.
Inclusive, esse caminho é que deve ter-lhe garantido o status de líder. Juliana-sama filha do Rei Sagrado morto em batalha (segundo as palavras da herdeira do trono) ressaltou que o citado unificou o “continente problemático, com a sua paixão”. Além disso, exaltou que ele lhe convenceu a se livrar de uma obsessão. Mesmo carregando tais qualidades, Yuuri não consegue esconder o seu lado fraco. Phoena e Aram também devem ter destaque na trama, lembrando que o trio figura em todas as imagens promocionais. A garota pouco apareceu e pode ser detentora de grande poder mágico, que ainda precisa ser liberado. Determinada cena, ainda mostrou apreço pelo capitão dos voluntários.
“Eu não abuso dos fracos”. A frase é de Aram, o terceiro membro dos prováveis principais, espécie de ‘defensor dos oprimidos’. Ele é semelhante a Robin Hood. A narrativa construtiva envolvendo cada personagem e a forma (se acontecer) como abordarem as suas respectivas origens será determinante para uma avaliação precisa. Por enquanto, tivemos várias apresentações, mas pouco aprofundamento.
Merece destaque uma das passagens ditas pelo Rei Negro. “Esse mundo precisa ser destruído!”. Espero que o motivo são seja o famigerado clichê sobre dominar o planeta.
Arte 8,5/10
Aspectos positivos são as cenas de batalhas e movimentos bem fluidos, esquema de cores, construção de cenários e sombreamento, que deram um ‘ar legal’ a essa produção medieval. Há recursos de computação gráfica bem aplicados, principalmente no desenvolvimento do Exército Negro e em magias. Ferramenta parece a utilizada em alguns filmes animados.
Outro instrumento ‘merecedor de aplausos’ foi o movimento em primeira pessoa, mesmo que tenha aparecido por poucos segundos. Já os desenhos das personagens deixou a desejar. Esse lado negativo se acentua nas aparições em segundo plano.
Trilha Sonora 6/10
Por se tratar de uma adaptação do game de RPG homônimo (disponível para IOs, Android e Playstation Vita), a trilha sonora de Chain Chronicle deixou a desejar. De modo geral, as produções do gênero são caracterizadas pelas músicas marcantes, vide a franquia Final Fantasy, Chrono Trigger e Chrono Cross.
Lembro de duas passagens transmitirem o sentimento parecido com as trilhas dos Role-Playing Games. Esperamos novidades e surpresas nos próximos episódios.
Conclusão
Chain Chronicle não empolgou. Aos admiradores de boas histórias, cabe dar novas chances, acompanhar o desenrolar da trama e aguardar se teremos um desenvolvimento para atingir as expectativas. A expectativas ainda são baixas, mas não podemos descartar a possibilidade de sermos surpreendidos. Caso a intenção seja assistir batalhas bem animadas, a dica é: iniciem o mais rápido possível por esse caminho. Os combates misturam magia e armas brancas (principalmente espadas). O trabalho dos animadores está espetacular nessa parte.
Nota Final: 6,6!
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