Primeiras Impressões: Mars Red Uma peça teatral vampiresca além da vida...

Ficha Técnica – Mars Red

Gênero: Ação, Militar, Histórico, Sobrenatural, Vampiro
Estúdio: Signal.MD
Baseado em: Peça Teatral
Data de Estreia: 29 de março

A Funimation realizou seu primeiro simulcast da temporada com a estreia antecipada de Mars Red, uma adaptação para anime da peça teatral de Bunou Fujisawa. Uma série que se alia à uma bela lista de animes da primavera que nada mais faz do que agregar novas produções bem interessantes como Zombieland Saga: Revenge, Fumetsu no Anata e, Tokyo Revengers, Shaman King (2021) e Shadows House, entre outros.

O violoncelista e produtor musical Toshuyuki Muranaka fez composição das músicas, enquanto o criador original Bunou Fujisawa está atuando como diretor de som. A primeira peça teatral Mars Red foi inaugurada em junho de 2013, seguida pela segunda em setembro de 2015. Uma adaptação de mangá por Karakara começou na revista Comic Garden em 4 de janeiro de 2021.

Digo esta primeira impressão do anime através de alguns aspectos técnicos, porque é o que mais chama atenção em primeiro momento ao assisti-lo. Eu estava muito cético em relação a isso, pois é uma trama de vampiros e muitos deles são realmente fracos em narrativa, mas essa série exala atmosfera imersiva e direção bem atuante. Embora seja muito cedo para dizer se ainda tem substância para sustentá-lo. E com razão, já que é baseado em uma “peça de leitura de palco”, e vai ao ar em um formato ultra amplo. Isto é perceptível pelo travelling de câmera aberta em grandes espaços que me lembram distintamente de Monogatari em vários momentos do episódio.

Não é atoa que começamos uma história da vampira Misaki “viver” dentro de uma peça que encenava antes de ser mordida. A trilha sonora é apropriadamente orquestral para algo que evoca a sensação de uma peça de teatro. Outra evocação teatral é a parte em que Moriyama e Maeda estão andando e conversando naquele corredor mal iluminado e sempre que um deles fala, eles se acendem como se estivessem sob um holofote em um palco.

Sinopse:

MARS RED acontece em 1923, quando os vampiros existem há bastante tempo. Mas agora, o número de vampiros está aumentando e uma misteriosa fonte de sangue artificial chamada Ascra apareceu. O governo japonês, por sua vez, cria o “Code Zero”, uma unidade do exército encarregada de derrubar as forças vampíricas. E que melhor maneira de rastrear vampiros do que utilizar vampiros?

Criada pelo tenente-general Nakajima, esta unidade historicamente atua no ramo da guerra de informações, mas foi redesignada para resolver a crise dos vampiros. Cabe ao Code Zero e ao vampiro da classe S Deffrot investigar esse aumento e acabar com ele antes que a sociedade desmorone.

 

Expectativas:

Um bom início para adaptar bem a essência da peça original de teatro de modo que ficou artístico e belo, combinando com o roteiro desse episódio. Boa estreia, pretendo acompanhar. Eu não tenho nenhuma ideia real para onde isso está indo, parecia um prólogo. Quase não houve qualquer ação da qual seja digna de nota, mas sendo sobre vampiros, estou interessado em como eles farão se quiserem ficar longe disso.

Uma nota explicativa para interpretar melhor o episódio: Misaki foi morta e trazida de volta à vida como uma vampira enquanto atuava na peça Salomé, ela parece ter se perdido no personagem, ou está imergindo no personagem para manter algum senso de sua sanidade. A peça / ópera Salomé é uma tragédia francesa sobre a execução de João Batista (alterado para Jokanaan mais tarde para contornar a proibição de retratar figuras bíblicas em peças durante período histórico do anime) escrita pelo poeta irlandês Oscar Wilde no início da década de 1890.

Por isso, no encontro de Maeda com Salome / Misaki. Ela começa seu ato final como se já estivesse segurando a cabeça de Jokanaan na bandeja de prata, e então começa a “beijá-la” ou, neste caso, presumivelmente transformá-lo em um vampiro, mas a Misaki retoma o controle e se queima no sol.

Nota: 3,5/5,0