Entendendo o Isekai e o porquê dele ser odiado Embora tenha se tornado muito popular, muitas pessoas ainda o consideram um gênero ruim

Welerson Silva
(Redator do Blog)
@welcr_silva
Re:Zero
© Re:Zero/White Fox

Fato que o Isekai se tornou um dos gêneros dos animes/mangás mais populares com o passar do tempo. Como grande exemplo disso, temos os famosos animes Re:Zero KonoSuba. A história segue um personagem que acaba sendo teleportado para um outro universo repleto de magia, criaturas insólitas ou qualquer coisa do gênero, dando aquele ar de sobrenatural.

Em algum dos casos, o personagem recebe grandes habilidades. Sobretudo, em outros, o poder de ludibriar a morte, como o caso do protagonista de Re:Zero. O fato é que o roteiro de demais obras do Isekai não mudam. As únicas coisas que realmente são alteradas são os personagens, porque de resto a história é sempre a mesma.

Talvez esse seja um dos pontos mais fortes para justificar o motivo de muitas pessoas abominarem o gênero. Mas neste texto, vamos ir um pouco mais a fundo e entender como ele surgiu e oferecer alguns exemplos de animes com essa temática. Então caso você ainda não saiba, irá entender de uma vez por todas.

O conceito do termo Isekai

Isekai (異世界? lit. “mundo diferente”) é um subgênero de light novels, mangás, animes e jogos eletrônicos de fantasia caracterizado por um protagonista normal que é transportado ou preso em um universo paralelo. O conceito se origina de obras como o romance Alice no País das Maravilhas, de 1865, e desde então vem assumindo diversas formas e alterações.

Muitas vezes, este universo já existe no mundo do protagonista como um universo fictício, como é o caso do anime My Next Life as a Villainess, mas também esse mesmo universo pode ser desconhecido para ele. O novo universo pode ser um mundo completamente diferente, onde apenas o protagonista tem algumas lembranças de sua vida anterior.

Desse mesmo ponto de vista, ainda há a possibilidade do protagonista reencarnar. Também pode ser aquele em que um mundo virtual se transforma em um mundo real, como em Log Horizon. As possibilidades, por mais que variáveis, estão sempre fadadas ao clichê que todos já conhecem desse gênero, pois mesmo mudando o formato, o traçado é quase o mesmo.

My Next Life as Villainess
© My Next Life as Villainess/Silver Link

Popularidade

Com o surgimento de animes como Re:Zero, KonoSuba, entre outros mais recentes, o Isekai se tornou mais popular. Em exatidão, não sei muito bem o porquê disto ter acontecido. Em geral, o o gênero trabalha bem aspectos como o surrealismo, a comédia, jogos RPG e principalmente o fanservice.

Muito provavelmente, as pessoas que são muito fãs do gênero, talvez mais do que a abordagem desses elementos interessantes dos jogos, em alguns casos. Sobretudo, o que mais pode chamar a atenção seja a conotação sexual em excesso. Cá entre nós, sabemos que muitos da comunidade são uns tarados.

KonoSuba
© KonoSuba/Studio Deen

Características do Isekai

Os elementos que geralmente são o background para trabalhar os animes/mangás Isekais talvez sejam o motivo de fazer com que muitas pessoas odeiem ele. Como já mencionado anteriormente, a proposta, por mais que alterne entre universos e possibilidades, tende a seguir sempre o mesmo padrão roteirístico.

Dentro desse universo quase sempre são apresentados os seguintes personagens que vão servir como a base para o desenvolvimento da história. São eles: o protagonista neethikikomori ou gamer. Você sabe o que cada um deles significa? Se não, abaixo segue um pequeno esclarecimento sobre cada um:

Neet: é usada para falar de pessoas que não estão matriculadas em escolas, cursos, ou ensino superior, não estão empregadas ou trabalham autonomamente, e não estagiando em alguma empresa. Ou seja, elas não contribuem para a sociedade e não estão tentando se habilitar a contribuir.

Hikikomori: é um termo que significa literalmente isolado em casa. Ele é usado para se referir a pessoas que apresentam graves níveis de isolamento. Normalmente são jovens entre 13 e 39 anos que muitas vezes são sustentados pelos pais ou trabalham online.

Gamer: é designado para aqueles personagens que dedicam todo o seu tempo na frente de um vídeo-game ou computador, jogando, seja online, com amigos, ou sozinho. Quase sempre esses personagens possuem os mesmos problemas que um neet e um hikikomori.

Isekai Quartet
© Isekai Quartet/Studio Puyukai

Abaixo, você também pode conferir o vídeo que fala melhor sobre o assunto abordado neste texto:

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4 thoughts on “Entendendo o Isekai e o porquê dele ser odiado Embora tenha se tornado muito popular, muitas pessoas ainda o consideram um gênero ruim

  1. Acredito que o sucesso dos Isekais tenha a ver com o crescimento do gênero fantasia e seus subgêneros, justamente pela inserção no mercado ocidental. Aqui fazia um tempo que estávamos carente de novos títulos e com a demanda altamente reprimida. O cinema, a televisão e outras mídias no ocidente negligenciaram um dos gêneros mais lucrativo e bem sucedido da história ocidental. Afinal a base dos Isekais japoneses é propria literatura ocidental, C. S. Lewis (As Crônicas de Nárnia) J. L. L. Tolkien (O Hobbit, O Senhor do Anéis) entre outros. O genêro fantasia e seus subgenêros enquanto marcharem para o Oeste não faltará público.
    Concordo que a maioria dos protagonistas seguem esses clichês, mas existem exceções: a Tanya Von Degurechaff era um alto executivo antes de ser assassinado e reencarnar como uma garotinha (Youjo Senki); Saitou Hitoriga era só um adolescente qualquer antes da Louise o conjurar (Zero no Tsukaima); a Motosu que finalmente tinha virado uma bibliotecária e morreu esmagada por uma pilha de livros e renasceu como Myne num mundo sem livros (Ascendance of Bookworm); o protagonista de Tate no Yuusha é outro exemplo disso, enquanto os outros heróis eram exatamente esses clichês ele não era sequer otaku ou mesmo gamer, só um universitário comum; entre outros.

  2. Acho muito interessante esse conceito de isekai principalmente na parte da representatividade de conceitos de rpg talvez seja pq tô entendo no gênero agora mas me surpreendi pela variedade de histórias

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